Dachser mantém aposta na melhoria da sustentabilidade ambiental

A Dachser anunciou hoje que, em parceria com o Fraunhofer Institute Solar Energy Sistems, está a investigar a otimização da utilização de energia, através de um projeto-piloto que consiste na instalação de painéis fotovoltaicos no telhado de um reboque. O objetivo da parceria passa por descobrir a quantidade de energia que os painéis podem gerar durante um ano, contribuindo assim para a melhoria da sustentabilidade ambiental da empresa e da sua pegada ecológica.

Para isso, os parceiros alojaram o protótipo num reboque, colocando sobre ele uma unidade de armazenamento de bateria, painéis solares, aquecimento no compartimento de carga, sensores de temperatura e um sistema de controlo. “Dependendo da quantidade de sol que recebem, os painéis geram até 1.700 watts. Com a energia dos painéis fotovoltaicos e da unidade de armazenamento, a temperatura no compartimento de carga é mantida estável a dois graus celsius”. explica Maxie Beutler, que é responsável pelos testes, juntamente com Nicole Sommerlatte.

Os resultados deste projeto-piloto mostrarão o potencial da energia solar gerada em viagem. “Claro que isso ainda é puramente especulativo, mas se pudéssemos usar a energia solar durante uma fase posterior de desenvolvimento, ou seja, em unidades de refrigeração, camiões industriais ou tecnologias de acionamento alternativas, isso contribuiria significativamente para melhorar a sustentabilidade ambiental”, afirma Beutler.

 

Possibilidade de combinar transporte e produção de energia

Há já vários anos que a divisão Network Management & Organization da Dachser conduz investigações com o protótipo de um reboque solar, implementado localmente perto do Centro Logístico de Ulm, na Alemanha. A equipa de investigação conseguiu adquirir informações valiosas sobre os testes que realizou durante esse período e aplicou-os ajustando o sistema. Mas, desde abril de 2016, a Dachser uniu forças com o instituto Fraunhofer ISE, o que lhe permitiu ir mais além na sua investigação. Matthieu Ebert, que lidera o projeto na Fraunhofer ISE acredita que é ao gerar, armazenar e usar energia solar em movimento, que estão a conjugar o transporte com a produção de energia. “A tentativa de combinar as tecnologias de duas indústrias é sempre um desafio, mas neste projeto estamos a colaborar de forma construtiva em soluções inovadoras”, afirma Ebert.