Docapesca e Ciência Viva sensibilizam para o problema do lixo marinho

Sabia que cada um de nós produz em média 31 kg de resíduos de plástico por ano? E que 50% do lixo encontrado nas praias provém de materiais descartáveis? É justamente a pensar nisso que, a Docapesca e a Ciência Viva promovem na próxima terça-feira, 10 de abril, às 18 horas, no Salão Nobre do Pavilhão Carlos Lopes, uma ação de sensibilização para a problemática do lixo marinho.

A iniciativa “À mesa por um mar sem lixo”, integrada no evento gastronómico “Peixe em Lisboa”, vai debater os desafios que se colocam relativamente ao uso de embalagens descartáveis com vista à preservação dos ecossistemas marinhos. Paula Sobral, investigadora do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e fundadora da Associação Portuguesa de Lixo Marinho, parceiros do projeto “A Pesca por um Mar sem Lixo” da DOCAPESCA, Ruben Eiras, diretor geral de Política do Mar, e Sofia Colares Alves, chefe da Representação da Comissão Europeia em Lisboa, participam no debate.

Pescadores defendem “mar sem lixo”
Os pescadores de Peniche, de Ílhavo/Aveiro e da Ilha da Culatra já recolheram 600 mil litros de resíduos indiferenciados e 210 mil litros de embalagens desde o arranque do projeto “A Pesca por um Mar sem Lixo”, que une os profissionais da pesca e os portos no desafio da preservação dos ecossistemas marinhos.

Este projeto visa a prevenção e o combate ao lixo marinho através da recolha seletiva dos resíduos capturados nas artes de pesca e gerados a bordo das embarcações e com a disponibilização de infraestruturas para a sua receção em terra. Trata-se de uma iniciativa do Ministério do Mar e está a ser implementada pela Docapesca, em parceria com a Associação Portuguesa do Lixo Marinho. A Docapesca está a preparar uma candidatura ao Fundo Azul para a expansão desta iniciativa a outros portos de pesca.