Fatura energética anual é de sete mil milhões de euros e incentivos são escassos

A fatura energética anual cifra-se em sete mil milhões de euros, representando só o gás natural um consumo de 1,2 mil milhões de euros. É com este cenário que a Entidade Reguladora para o Setor Energético (ERSE) conta para exercer a sua atividade, nomeadamente fixação de tarifas e preços, área da responsabilidade de Pedro Verdelho. Partindo do princípio de que as redes são um monopólio natural, “o papel do regulador é, através da fixação de preços, anular o custo das redes e permitir uma atividade em regime de mercado”, disse, citado pelo Diário de Notícias de hoje.

E também neste setor a eficiência energética é importante para garantir a capacidade de os consumidores planearem os recursos de armazenamento. Segundo o responsável, as renováveis têm ainda um custo elevado, masmo que saibamos que são o futuro. Pedro Verdelho refere também que os painéis solares têm ainda uma “eficiência energética péssima, pois a energia que absorvem é inferior a 30%”.

O papel do Estado, nomeadamente através dos incentivos à eficiência, esteve também em discussão, com a generalidade dos oradores a considerarem os programas existentes lentos e burocráticos. O presidente do LNEG considerou que o programa 2020 está muito orientado para a indústria e apelou a que o desenho dos programas nacionais estejam o mais possível alinhados com o perfil dos comunitários, mas que também demonstrem criatividade.