Percentagem de renováveis no consumo de energia na UE cresceu 16% em 2014

Em 2014, a percentagem de energia de fontes renováveis no consumo final de energia atingiu os 16% na União Europeia (UR), quase o dobro de 2004 (8,5), o primeiro ano no qual é possível aceder a estes dados, revela o Eurostat. A percentagem de renováveis no consumo energético é um dos principais indicadores da estratégia Europa 2020. O alvo a ser atingido até 2020 pela UE é de 20% de energia de fontes renováveis no consumo final de energia. Contudo, as renováveis vão continuar a desempenhar um papel essencial no sentido de ajudar a UE a atingir as suas necessidades energéticas depois de 2020. Por essa razão, os Estados Membros já concordaram numa nova meta de energia renovável na UE de um mínimo de 27% até 2030.

Portugal acima da média
Portugal foi o sétimo Estado Membro da UE com uma maior proporção de consumo de energia a partir de fontes renováveis, ao atingir o valor de 27%, muito acima da média comunitária. Portugal também tem registado um crescente recurso a fontes de energias renováveis, que evoluiu de 19,2% em 2004 para 27,0% em 2014.
O Eurostat aponta que um terço dos Estados Membros já atingiram o seu objetivo para 2020, não estando Portugal neste grupo, mas porque o seu compromisso é mais ambicioso que a média comunitária: cada país da UE traçou a sua própria meta, tendo em conta das diferentes situações de partida, assim como o potencial de energias renováveis e a situação económica, tendo Portugal fixado uma meta de 31%, significativamente acima da média da UE, de 20%.
Suécia com maior percentagem e Luxemburgo com menor
Desde 2004, a percentagem de fontes renováveis no consumo final de energia cresceu significativamente em todos os Estados Membros. Comparado com um ano antes, aumentou em 24 dos 28 Estados Membros.
Com mais de metade (52,6%) de energia de fontes renováveis no seu consumo final de energia, a Suécia teve a maior percentagem em 2014, à frente da Letónia e da Finlândia (ambas com 38,7%), Áustria (33,1%) e Dinamarca (29,2%). Do outro lado, registaram-se as menores “fatias” no Luxemburgo (4,5%), Malta (4,7%), Holanda (5,5%) e Reino Unido (7%).