Planeamento e gestão da água em debate no Politécnico de Setúbal

O recurso água e a sua governança, planeamento e gestão é o grande tema em cima da mesa no âmbito das VI Jornadas dos Recursos Hídricos, que terão lugar entre os próximos dias 9 e 10 de janeiro, no auditório da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro do Instituto Politécnico de Setúbal (ESTBarreiro/IPS), com organização a cargo do Núcleo Regional do Sul da Associação Portuguesa de Recursos Hídricos (APRH) e do IPS.

Nestes dois dias de debate, mais de três dezenas de especialistas, da comunidade científica aos organismos públicos, passando pelas associações ambientalistas, são convidados a dar os seus contributos acerca do futuro da água em Portugal, conhecidas que são as circunstâncias de seca atuais e as suas implicações no normal abastecimento público e do setor agrícola.

Com sessão de abertura agendada para as 09h15, as VI Jornadas dos Recurso Hídricos dedicam o seu primeiro dia à temática da “Governança da água”, propondo aprofundar a discussão em torno de quatro subtemas: “Desafios de governança da água em Portugal”; “Organização da estrutura institucional da entidade nacional da água”; “A água nos objetivos do milénio”; e “Gestão sustentável dos serviços de água”.

No dia 10, a partir das 09h30, debate-se, por seu turno, o “Planeamento e gestão da água”, propondo-se uma análise mais detalhada da “Eficácia dos planos no contexto nacional e comunitário”, dos “Fenómenos hidrológicos extremos”, da “Sustentabilidade da Gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos” e do “Sistema de Informação e Monitorização”.

Numa altura em que, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), 40 por cento da população mundial vive sobre bacias hidrográficas com enormes pressões, consumos e usos, sendo expectável que rapidamente este valor ultrapasse os 50 por cento, a APRH e o IPS justificam a organização destas jornadas como forma de encontrar possíveis respostas para os novos desafios que se colocam, à escala nacional, em matéria de planeamento e gestão deste recurso cada vez mais escasso.