Plano de Drenagem intervém em três áreas em Lisboa

Lisboa tem em curso um conjunto de programas de adaptação climática para regulação do ciclo da água através do Plano de Drenagem, que foi apresentado na semana passada, no dia 15 de dezembro, na Câmara Municipal de Lisboa. O vereador da Estrutura Verde e Energia da Câmara Municipal de Lisboa, José Sá Fernandes, falou sobre as intervenções que estão previstas para breve e sobre as que já foram implementadas.

A Câmara de Lisboa pretende criar várias medidas de mitigação e adaptação ás alterações climáticas, um dos quais o Plano de Drenagem, que entre outros intuitos, pretende reduzir as inundações que são recorrentes no inverno em vários pontos da cidade. Este plano aplica soluções de controlo na origem, que têm uma base natural, multi-funcional e que se adaptam a vários usos e tipologias dos espaços.

O vereador da estrutura verde referiu, neste sentido, algumas das intervenções que estão previstas para breve, nomeadamente no futuro Parque do Alto da Ajuda, ao nível da Bacia de retenção, de forma a “minimizar a torrente de água”, avançou o vereador.

Um caso semelhante ocorre no vale da ameixoeira, que “fica no norte da cidade e há uma torrente de água pela inclinação”, o que já está numa fase mais adiantada e “deve iniciar-se em janeiro”, segundo o responsável. Adiantou ainda que “vai ser um belíssimo parque”.

Também o Parque Eduardo VII tem problemas de drenagem de água e vai ser reabilitado “para que o desenho do parque não seja afetado”, disse José Sá Fernandes. Explicou ainda que “a água danifica os caminhos” e que estes estão “em elevado estado de degradação”. Refere ainda “a manutenção difícil”.

O mais emblemático é certamente a intervenção no novo parque da Feira Popular, que “vai ser um dos maiores elementos de diversão da cidade”, o que “tem que ser feito com todas as cautelas, aproveitando a própria modelação do terreno para reter a água”.

O vereador da Estrutura Verde falou também sobre algumas das intervenções neste âmbito já efetuadas, como, a Quinta da Garagem, em que “uma série de prédios foram construídos contra a opinião de várias pessoas e a ribeira ficou presa no estacionamento dos prédios”, em que “a intervenção deu-se para que a água não se retivesse e não invadisse a garagem das pessoas”, referiu.

Também no Vale da Montanha, “um dos mais importantes da cidade, era essencial travar o correr de água em sítios usados pelas pessoas”, ressalvou.

Estas intervenções visam manter a Estrutura Verde”

Além de explicar as áreas de intervenção, José Sá Fernandes teve um papel ativo ao reforçar a necessidade de consciência sobre a importância que estas intervenções têm para a cidade e para a comunidade. “É importante que as pessoas percebam que estas intervenções visam manter a estrutura verde que é essencial na cidade. Se não perceberem, depois acontece o mesmo de sempre, constroem edifícios em locais inapropriados”.

Concluiu, frisando: “Temos um excelente Plano de Drenagem”.