Valorfito lança concurso público para escolher operadores

O Valorfito – Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura, gerido pela entidade gestorial Sigeru, acaba de lançar um novo concurso público para seleção de operadores de gestão de resíduos de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, sementes e biocidas. O concurso tem como objetivo (Grupo A) a Recolha nos Pontos de Receção ou de Retoma e nos Utilizadores Finais dos resíduos de embalagens, e o Transporte Consolidado para unidade de tratamento e valorização; e (Grupo B) o Tratamento e Valorização de embalagens do valorfito.

As propostas devem ser enviadas para a Sigeru até 31 de março de 2016, sendo abertas a 5 de abril. A decisão será tomada no dia 15 de abril para o arranque de atividade a 1 de maio de 2016.
O sistema Valorfito funciona através da concentração de resíduos, para posterior recolha, transporte, tratamento e valorização em dois tipos de entidades:

1. Pontos de Recepção ou de Retoma – trata-se de pontos de venda que retomam resíduos de embalagens, entregues pelos utilizadores finais – agricultores – acondicionados em sacos apropriados fornecidos para o efeito. Estes Centros existem em vários pontos do país, incluindo Regiões Autónomas e o seu número situa-se atualmente em cerca de 1000. O Valorfito estima que cresça de 20% a 30% nos próximos três anos.

2.Utilizadores Finais – produtores agrícolas ou empresas prestadoras de serviços de aplicação, que armazenam temporariamente os resíduos de embalagens dos produtos por eles utilizados e cuja dimensão justifica uma recolha específica. Atualmente o Valorfito admite que o seu número ainda é baixo, inferior a duas dezenas, mas prevê um crescimento para cerca do triplo nos próximos três anos.
O sistema Valorfito utiliza sacos de plástico nos quais os agricultores e os centros de recepção ou de retoma acondicionam as embalagens. Existem sacos com as seguintes dimensões e características: 50 Litros, espessura de 25 micra, cujo “consumo” anual se estima em 60.000 unidades; 115 Litros, espessura de 25 micra, cujo “consumo” anual se estima em 30.000 unidades; e 600 Litros, espessura de 87,5 micra, cujo “consumo” anual se estima em 15.000 unidades.
Os sacos são movimentados em sistema de caução. Quer os agricultores junto dos PR’s, quer os utilizadores finais na recolha direta, quer depois os próprios PR’s na entrega ao Gestor de Resíduos, recebem sacos vazios em número e tipo igual aos que entregaram cheios.

As embalagens colocadas no mercado totalizam cerca de 800 toneladas, valor que deverá manter-se nos próximos cinco anos.