12 toneladas de plástico deram origem ao “Monstro Marinho” junto ao Oceanário de Lisboa

São 12 toneladas de garrafas descartáveis usadas, entregues pela população de norte a sul do país no Pingo Doce e rede ECO-Escolas, moldadas pelas mãos dos Skeleton Sea, que dão corpo a uma instalação artística com mais de 50 metros, que se ergue na Doca dos Olivais, junto ao Oceanário de Lisboa, como ícone deste movimento. Lisboa tem agora um verdadeiro “Monstro Marinho” que representa algo que não é mitológico: o “monstruoso” volume de plástico nos oceanos.

#PURIFY é o mais recente movimento pela sustentabilidade dos oceanos, impulsionado pela marca ECO – Água Filtrada em parceria com o Oceanário de Lisboa e com a especial participação dos Skeleton. O movimento nasceu com o intuito de “alertar os portugueses para o grave problema ambiental causado pelo uso excessivo de plástico descartável e mobilizá-los para a escolha de produtos amigos do ambiente”, lembrando que “anualmente 6 mil milhões de garrafas PET são lançadas aos oceanos”, refere a ECO num comunicado.

No próximo dia 22 de março, Dia Mundial da Água, é oficialmente inaugurada a primeira ação do movimento #Purify by ECO, na Doca dos Olivais, junto ao Oceanário de Lisboa.

A direção artística dos Skeleton Sea, um grupo de artistas e surfistas com forte ligação ao mar, encabeçada por Xandi Kreuzeder, torna tangível e real a mensagem que se pretende passar: “12 toneladas de plástico descartável recriam um “Monstro Marinho” com mais de 50 metros de comprimento, que faz a alusão de que a humanidade está a ser literalmente “engolida” pelo seu próprio plástico”.

Mesmo com os constrangimentos da atual pandemia, a ECO salienta que os portugueses tiveram um papel ativo e determinante entregando as suas garrafas de plástico descartável, nos 530 pontos de recolha PURIFY, disponíveis em lojas Pingo Doce e em 150 ECO-Escolas, o que resultou na recolha de 12 toneladas de plástico, cerca de 300 mil garrafas, o elemento central desta obra.

André Paiva, co-fundador da ECO, adianta que “o volume de recolhas alcançado para o lançamento do movimento e desta peça superou as nossas expectativas, fazendo-nos crer que esta pandemia não travou totalmente a mensagem ambiental”. A ECO, enquanto marca que tem um propósito ambiental, acredita que “pode ajudar a mudar mentalidades e isso levou-nos a criar o #PURIFY, um movimento que ambiciona ser maior do que a própria marca, intervindo de forma ativa na comunidade, através de ações de consciencialização ambiental e mobilizando a população para a adoção de hábitos de consumo mais sustentáveis”, acrescenta.

Como a arte é uma forma poderosa de espalhar uma mensagem, o primeiro passo foi criar uma peça impactante, que entre no roteiro de arte urbana e que, paralelamente, passe a mensagem da urgência da mudança de hábitos”.

Xandi Kreuzeder, enquanto líder de projeto dos Skeleton Sea, assinala que “quando a ECO nos lançou este desafio foi quase imediato o conceito criativo que iriamos alocar a esta obra. Tínhamos de criar um “Monstro Marinho” pois é precisamente isso que sentimos quando vemos plástico nas nossas praias, costa e mar: é um monstro muito maior do que pensamos. Noutros tempos, havia o conceito relacionado com o surf que era ‘Destrói as ondas, não as praias’. Mas agora a escala é muito maior e preocupante pois não são só as praias, falamos dos nossos oceanos, do nosso ecossistema e da nossa saúde pública. Junto ao Lago do Oceanário de Lisboa, só nos ocorreu uma ideia: estamos perante um verdadeiro Monstro muito maior que o nosso imaginário. A diferença é que aqui nada é mitológico, é real”

O movimento #Purify é promovido pela ECO e conta com o apoio do Oceanário de Lisboa, do Pingo Doce e do Programa Eco-Escolas. A Junta de Freguesia do Parque das Nações, a DPD, a Planetiers World Gathering, o Grupo Impresa e o Comité Olímpico são também parceiros que se juntaram a este movimento.

Um vídeo sobre esta iniciativa será enviado no próximo dia 22 de março.