2022 foi ano de expansão para recolha de óleos alimentares usados em Portugal

A rede Hardlevel viu o seu circuito de valorização dos resíduos crescer 40% em número de municípios integrados e cerca de 14% em oleões inteligentes no sistema de reciclagem.

A responsável pela recolha e valorização de óleos alimentares usados (OAU) viu 2022 como um ano forte na expansão, em mais de 14%, e quer, até ao final de 2023, uma rede alargada a 165 concelhos a 3300 pontos de deposição.

Estruturalmente, a rede já serve cinco milhões de residentes e são 140 concelhos que participam na reciclagem de gorduras alimentares domésticas, além de 2850 contentores de recolha, entre quais novos municípios que entraram em 2022, como Alcoutim, Alijó, Armamar, Azambuja, Borba, Chaves, Constância, Entroncamento, Ovar, Porto de Mós, Proença-a-Nova, Sardoal, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

Os objetivos deste ano são ainda o crescimento de 18% nas parcerias e de 16% na rede de oleões: “com um upgrade em número de contentores, atualização qualitativa dos mesmos (de nova geração) e prolongamento dos anos de contrato”, diz Salim Karmali, administrador da Hardlevel. Um exemplo é a renovação do serviço com a Ecobeirão – Sociedade de Tratamento de Resíduos do Planalto Beirão e com o município de Alenquer.

Um litro de óleo alimentar pode poluir cerca de um milhão de litros de água e em Portugal, as estimativas oficiais apontam para um produção deste resíduo em 65 mil toneladas anuais. Se bem tratado, pode ser usado num sistema de economia circular, como para a produção de biocombustível.