47% das empresas admitem poder ter dificuldades em acompanhar desafios regulatórios de sustentabilidade

Um estudo da Hitachi Vantara revela em que passo estão as empresas, atualmente, em relação às medidas de sustentabilidade no processamento de dados.
Quase metade dos inquiridos, 47% das empresas europeias, considera o esforço para conformar com regulações e legislação o seu principal obstáculo num futuro próximo para cumprir metas de descarbonização. Com atuação nos setores público, serviços financeiros, saúde e fabril, nove em dez das empresas garantiu estar encaminhada ou mesmo adiantada em relação aos seus objetivos de redução de emissões.
Contudo, mais de um terço (36%) admitiu não ter um plano de sustentabilidade e correspondente implementação estratégica. Consequentemente, em média, não esperam conseguir alcançar o seu objetivo de net-zero até 2047.
Na opinião de Mark Ablett, Presidente de Infraestrutura Digital da Hitachi Vantara, “para chegar aos objetivos net-zero, as empresas devem estabelecer uma estratégia concreta e um plano de implementação, com a adesão dos quadros de liderança, que consiga uma visão ampla das emissões em todo o seu património informático e de comunicações”.
Já mais de metade (53%) das companhias europeias inquiridas considera que a obrigação ética por trás do princípio da sustentabilidade é um impulsionador na missão da sua organização para cumprir as metas de descarbonização. Ainda assim, a necessidade de cumprir com o enquadramento legal e regulamentar aparece em primeiro lugar como motivador para esta implementação, com 57%, e a coadunação com as expectativas dos seus stakeholders reuniu 39% das respostas.
Também a descarbonização dos centros de dados tem potencial, com duas em cinco empresas a atuar na Europa afirmam que precisam de ajuda, ou começaram já, este processo. 62% considera que se não proceder a esta descarbonização, não atingirá as metas de descarbonização a que se propôs. Contudo, 58% considera que a pegada ecológica do seu centro de dados não se alterou nos últimos dois anos, e o consenso nesta diminuição ao longo dos próximos dois situa-se no intervalo entre 1 e 10%.
A investigação foi conduzida em mais de mil inquiridos, em posições de liderança na indústria tecnológica, e a uma escala global, com respostas recolhidas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, países nórdicos europeus, Índia, China e Austrália.