80% dos portugueses estão preocupados com a redução da pegada ecológica

Parece que os portugueses são dos europeus mais preocupados com a redução da pegada ecológica – é o que diz a 1.ª edição do Barómetro Sustainable Living @Home, da Europ Assistance, sobre atitudes e hábitos ambientais dos cidadãos da Europa.

O estudo diz que 80% dos portugueses estão preocupados com a redução da pegada ecológica, acima da média europeia de 78%, depois de um inquérito online a sete mil pessoas em países como Portugal, Espanha, França. Bélgica, Itália, Alemanha e Áustria.

Os cidadãos de Portugal dizem ainda no estudo que ações drásticas para reduzir as emissões de CO2 devem exigir um maior apoio das instituições públicas e privadas, e comportamentos como a redução do consumo de energia, redução dos resíduos e a reciclagem são os mais adotados pela população nacional, no entanto sentem falta de apoio por parte das várias entidades e consideram as normas e obrigações ecológicas úteis, mas não alcançáveis sem assistência financeira.

Os austríacos, os italianos e os portugueses são os os mais sensíveis a estas ações. Globalmente, a maioria das ações mais simples já foram implementadas (gestão de resíduos, redução do consumo de energia, pequenas reparações). Contudo, quando as ações implicam custos mais elevados (isolamento, renovação) o nível de implementação é mais baixo.

Entre as ações ainda não implementadas, um melhor controlo do consumo de energia, por exemplo, através da instalação de energias renováveis, é o desejo da maioria dos europeus, sobretudo no Sul da Europa.

Portugal também se destaca na ideia que a seguradora é claramente a entidade mais legítima para propor uma cobertura contra riscos climáticos (69% contra uma média europeia de 65%). Quando está em causa o serviço de reparação de eletrodoméstico, os portugueses também são os que manifestam maior interesse em que seja uma seguradora a prestar essa assistência.

No entanto, 40% a 50% da maioria dos países europeus estão dispostos a pagar mais de seis euros por mês por um plano de proteção que permita reparar todos os aparelhos, em caso de avaria, exceto em Portugal, onde a disponibilidade é para pagar até cinco euros ou menos.