“A construção de um futuro mais sustentável depende de todos”

É já no próximo dia 9 de junho, quarta-feira, que a Essência do Ambiente vai realizar a conferência online “Serei Mesmo Verde? Uma reflexão empresarial e social”. Este evento digital assinala o primeiro aniversário do blogue “Essência do Ambiente”, lançado simbolicamente no Dia Mundial do Ambiente pela agência de marketing digital “Essência – Comunicação Completa”.

“É um blog noticioso dedicado aos temas do ambiente e da sustentabilidade que dá palco e voz a projetos e práticas sustentáveis”, começa por dizer Isabel Martins, diretora-geral da Essência – Comunicação Completa, destacando que a missão do portal é, acima de tudo, “sensibilizar”, através da “divulgação de boas ações, e mostrar que Portugal está no caminho de uma Economia Circular e Sustentável”, mesmo quando “os projetos não são conhecidos nem devidamente destacados junto da sociedade civil”. Para tal, “divulgamos boas práticas, alertamos para os desafios ambientais, apoiamos a educação, apoiamos, através do nosso programa de apadrinhamento, projetos que fazem a diferença e desafiamos a reflexão”, refere.

Foi através do Departamento de Comunicação e Educação Ambiental da Agência que surgiu a necessidade de ser criado um blog: “A responsabilidade social está presente no exercício da nossa atividade e, nesse sentido, enquadram-se várias ações como a criação do Blog ou a Conferência Serei Mesmo Verde: uma reflexão empresarial e social”, explica.

Relativamente às ações ou projetos que promove, o Essência do Ambiente tem como propósito “promover uma cidadania ativa” e “criar agentes de mudança” com o papel fundamental de “alteração de comportamentos e de atitudes” face ao ambiente das gerações atuais. A isto, acresce também o desígnio de “promover a criação de parcerias estratégicas no setor ambiental”, “desenvolver o sentido crítico e a consciencialização da sociedade de consumo”, “desenvolver atividades em eixos temáticos estruturantes da Estratégia Nacional de Educação Ambiental”, “desenvolver estratégias e ações com base nas diretivas do PERSU 2020 e Economia Circular” e, ainda, “implementar Projetos Educativos com base no Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade e integrados nas orientações curriculares”, definidas pelo Ministério da Educação para cada ciclo letivo, destaca.

Conscientes da “importância crescente da consciencialização, educação ambiental e do papel que as empresas devem ter no âmbito de ações de responsabilidade ambiental”, a Essência – Comunicação Completa adotou a “Carta da Terra” como um “guia ético”, passando agora a fazer parte do “movimento global” para construir um mundo melhor. E para além da criação do blog, a diretora-geral da Agência destaca que a aposta passa também pela promoção de campanhas regulares de sensibilização: “Com rúbricas regulares nas redes sociais alertamos para as principais preocupações ambientais e sensibilizamos para o papel que todos temos na construção de um mundo mais sustentável”. Dando continuidade a esta missão, em dezembro de 2020, lançaram uma rúbrica regular no Porto Canal onde dão palco e voz a projetos e práticas sustentáveis, refere. Também, acrescenta a responsável, no dia 30 de janeiro apresentaram uma “nova dupla de amigos” as Mascotes Essência do Ambiente: “A Híris e o seu amigo coala, Eco, vão ajudar os mais novos a entender os desafios do ambiente e da sustentabilidade, numa aventura que irá fazer (re)pensar o impacto das nossas ações no futuro do Planeta”. É através da sensibilização e educação ambiental, que a “dupla de amigos”, quer ser “um contributo para a renovação de ideias” e “um elo de ligação” para a mudança comportamental e para integração das diferentes dimensões da natureza: “Pois simbolizam a sustentabilidade no seu todo – o respeito pelo planeta e pelo outro”, sucinta. A apresentação desta iniciativa aconteceu, simbolicamente, no “Dia Escolar da Não Violência e da Paz” que tem como objetivo “alertar os alunos, os professores, os pais, os políticos e os governantes para a necessidade de uma educação para a paz”, que promova valores como o respeito, a igualdade, a tolerância, a solidariedade, a cooperação e a não violência”, refere, constatando ser esse o “verdadeiro significado” da sustentabilidade: “Acreditando no impacto do processo participativo como processo pedagógico, desafiamos a comunidade educativa a entrar nesta aventura connosco e a dar um nome a estes nossos novos amigos”. Tal como explica Isabel Martins, as mascotes serão assim a “cara de um conjunto de projetos educativos e materiais didáticos” com foco na “educação ambiental”, como é o caso do Eco Quis: “Um jogo que desafia a entrar numa aventura de sensibilização para o impacto das nossas ações no meio ambiente”.

Após um ano do lançamento do blog, o balanço não podia ser mais positivo: “Quando lançamos o projeto, acreditávamos que teria impacto social pela pertinência dos temas, mas a adesão e recetividade das pessoas e das empresas ao projeto superou todas as nossas expetativas”. Devido ao contexto pandémico que marcou o ano de 2020, Isabel Martins explica que houve a necessidade de se fazer um reajuste na implementação de projetos letivos que, consequentemente, trouxe “novos desafios, mas também “novas oportunidades”. E apostar no digital tornou-se uma ferramenta ainda mais poderosa: “Desenvolvemos materiais didáticos, criamos as nossas mascotes, tivemos oportunidade de conhecer e dar palco a projetos de elevado valor ambiental, mas também social”, exemplifica.

[blockquote style=”2″]Criar hábitos e valores ambientais deve ser um trabalho constante e sólido[/blockquote]

Sendo a preservação do meio ambiente com vista à sustentabilidade das gerações futuras um dos “maiores desafios dos tempos modernos”, Isabel Martins acredita que a “comunicação e educação ambiental” detêm um “papel fundamental, decisivo e estruturante na consciencialização e na mudança comportamental de crianças, jovens e adultos”. Assim, “criar hábitos e valores ambientais deve ser um trabalho constante e sólido”, defende, destacando ser “primordial incutir estas problemáticas desde a educação pré-escolar até ao setor empresarial”. Por isso, defende a responsável, o caminho irá fazer-se “criando oportunidades de sensibilização” para os diferentes públicos.

Com a conferência “Serei mesmo verde? Uma Reflexão empresarial e social?”, a mensagem que querem passar é de que a construção de um futuro mais sustentável depende de todos: “Desafiando à reflexão e partilhando boas práticas, dúvidas e ideias conseguimos criar um maior sentimento de pertença e de coresponsabilidade na construção desse futuro”. Para Isabel Martins, “todos somos agentes de mudança” e, por vezes, a mudança não é assim tão “complexa” como se imagina: “Basta trabalharmos para isso, rompermos com hábitos menos adequados e superarmo-nos a cada dia”. E tão importante é “não ter medo de arriscar: apostar na sustentabilidade é um investimento a médio/longo prazo”, afinca. Por isso, “só construindo agora, é que será possível mais tarde obter retorno seja ele ambiental, social e até mesmo financeiro”, declara.

Avaliando os desafios que Portugal tem pela frente, a diretora-geral da Essência – Comunicação Completa reconhece que a preocupação ecológica das empresas aumentou. No entanto, muitas delas fazem-no quase de forma inconsciente e sem rumo: “Ações desagregadas que resolvem problemas pontuais e momentâneos, mas que não permitem criar um caminho futuro verdadeiramente mais sustentável e economicamente viável”, sustenta, acreditando que a definição de uma estratégia de comunicação ambiental contribui para estruturar o posicionamento da marca face a esta problemática: “Demonstrar como a empresa se comporta quando deparada com questões ecológicas é um fator de diferenciação e de competitividade: consciencializar, refletir, implementar, comunicar”. Para que haja um retorno positivo do longo caminho que ainda precisa de ser trilhado, Isabel Martins destaca a necessidade de se implementar para todos um “trabalho constante e sólido”, em prol de um “futuro verdadeiramente sustentável”

[blockquote style=”1″]Que mensagem podem deixar aos portugueses?[/blockquote]

Vivemos numa era em que o selo “verde” está cada vez mais presente na vida das pessoas e das empresas. Produtos ecológicos, sustentáveis e eco-friendly, boas práticas de separação de resíduos e de poupança de água e eletricidade entraram no nosso dia a dia. Umas vezes por consciência, outra vezes por moda, outras apenas porque seguimos o que está instituído. As preocupações ambientais revestem-se, aparentemente, de uma simplicidade que chega a querer parecer que é uma questão de “boa vontade”. Mas não será antes uma questão de estratégia? Será, assim, tão simples mudar comportamentos e atitudes sem (re)pensar políticas, práticas económicas e até formas de comunicar? Acho que é uma reflexão que todos devemos fazer”.