ABA defende mix energético como resposta à descarbonização da mobilidade

No Dia Mundial da Energia, assinalado a 29 de maio, a Associação de Bioenergia Avançada (ABA) apela, num comunicado, à importância das várias fontes de energia alternativas eficazes e sustentáveis, que podem ter um papel crucial no processo de transição energética e que devem, por isso, ser tidas como complementares à eletrificação da mobilidade.

Atualmente, existem várias alternativas quando se fala do futuro da mobilidade além da eletrificação, entre elas, os biocombustíveis de resíduos e outros avançados, o hidrogénio, os combustíveis sintéticos ou os gases renováveis. No primeiro caso, a ABA assegura que a substituição direta dos combustíveis fósseis por esta alternativa significa uma “poupança de mais de 83% de emissões de gases de efeito de estufa (GEE)”,

“A indústria dos biocombustíveis de resíduos e outros avançados apresenta soluções, produzidas a partir de resíduos – óleos alimentares usados, gorduras animais, resíduos de palha, molhos fora de prazo, borras de café, por exemplo – podem ser fontes de energia viáveis e aptas para implementação imediata no setor automóvel”, refere a AVA, destacando que, “por sua vez, a produção de biocombustíveis de resíduos e outros avançados cria fontes de energia capazes de diminuir a pegada carbónica da frota automóvel e de reduzir a dependência energética de Portugal”.

“No Dia da Energia, é importante destacar que estamos a dar passos bastante importantes no sentido da descarbonização, com o apoio da alternativa energética. Neste sentido, alertamos que o futuro da mobilidade deverá passar por um mix energético onde constem, entre outras soluções, os biocombustíveis de resíduos e outros avançados, o elétrico, o hidrogénio, os combustíveis sintéticos, os gases renováveis, entre outras. Acredito que é fundamental desenvolver uma estratégia com base na complementaridade para a promoção de uma mobilidade mais sustentável e com potencial para contribuir imediatamente para o cumprimento das metas de descarbonização em Portugal”, afirma Ana Calhôa, presidente da ABA.

Esta Associação atenta a indica ainda que os automóveis que circulam já estão preparados para receber uma maior quantidade os biocombustíveis de resíduos e outros avançados nos combustíveis fósseis disponibilizados no mercado atual. Desta forma, “Portugal consegue reduzir mais rapidamente a sua dependência de combustíveis fósseis, substituindo por biocombustíveis, cumprir metas mais ambiciosas de descarbonização do setor dos transportes e evitar a renovação total da frota automóvel, como acontece com as outras soluções”, precisa.