Águas do Ribatejo investiu 80 milhões de euros na proteção dos recursos hídricos

No âmbito do Dia Mundial da Monitorização da Água, que se assinalou no passado 18 de setembro, a Águas do Ribatejo (AR) felicita-se pelo facto de ter em funcionamento meia centena de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas.

Em comunicado, a empresa refere que a maioria das infraestruturas é nova ou foi requalificada nos últimos 10 anos com um investimento na ordem dos 80 milhões de euros financiado por fundos comunitários e capitais próprios da AR. O volume total de água residual tratada nas ETAR da AR em 2019 foi “superior a 7 milhões de metros cúbicos”, acrescenta a empresa. Ainda assim, mais de metade destas ETAR apresentam “taxas de utilização inferiores a 50% da capacidade instalada”, o que reforça a “necessidade dos munícipes se ligarem às redes de saneamento selando as fossas sépticas existentes”, destaca a AR. A empresa refere também que recurso às fossas, enquanto instalações particulares, individuais ou coletivas de disposição de águas sujas, deverá continuar apenas nos “locais onde a construção de rede de saneamento não seja técnica e economicamente sustentável”.

O relatório da União Europeia revela que o investimento português em infraestruturas para recolha e tratamento de águas residuais urbanas ronda os três euros anuais por habitante, quando a média europeia se situa nos 36 euros. Assim, a AR contrariou esta tendência com um “forte investimento” nos sistemas de saneamento e nas fábricas de tratamento de água. De acordo com a empresa, todos os municípios estão dotados de sistemas de tratamento eficazes como demonstram as análises realizadas anualmente (quase 20 mil durante o ano de 2019), por uma entidade certificada, às amostras recolhidas nos pontos de descarga das ETAR. A água tratada é devolvida para a bacia hidrográfica do Tejo cumprindo o Ciclo Urbano da Água em conformidade com a legislação em vigor e as diretivas da Entidade Reguladora (ERSAR) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Face a novas licenças emitidas pela APA que alteram as anteriores condições de descarga, foi necessário “introduzir etapas de remoção química de fósforo em algumas ETAR para garantir o cumprimento de um valor limite de 3 mg/l”, refere a empresa.

Francisco Oliveira, presidente da AR, salienta o “enorme esforço” que foi feito para dotar um território de mais de 3200 km2 e 150 mil habitantes de sistemas de tratamento eficazes. O administrador apela aos munícipes dos sete concelhos servidos pela AR que colaborem com a empresa na melhoria da eficiência dos sistemas. “É fundamental que quem tem rede de saneamento aproveite a oportunidade para se ligar aos sistemas. A AR colabora neste processo de ligação dos ramais e todos teremos a ganhar. É uma solução segura, amiga do ambiente e mais económica para os munícipes e para o erário público”.

A diretiva europeia exige que todas as áreas de povoamento ou aglomerações com 2.000 habitantes equivalentes de população ou superior estejam equipadas com sistemas de recolha e tratamento das suas águas residuais. A AR foi mais longe e dotou aglomerados com menor densidade populacional com ETAR apropriada para garantir o tratamento de águas residuais em segurança e cumprindo os parâmetros recomendados. Nos locais onde tal não foi possível, a AR providencia o serviço de limpeza das fossas encaminhando o seu conteúdo para tratamento numa das suas ETAR.