Alterações climáticas estão a aumentar o número de doenças infecciosas, alerta briefing da AEA

Os países europeus estão a enfrentar ameaças crescentes das alterações climáticas, incluindo eventos extremos climáticos e doenças infecciosas. Um novo briefing do “Lancet Countdown” e da Agência Europeia do Ambiente (AEA), publicado esta quinta-feira no “Observatório Europeu do Clima e da Saúde”, chama a atenção para os impactos das alterações climáticas na saúde, apelando ações-chave para os resolver.

O briefing “Responding to the health risks of climate change in Europe” destaca os “principais impactos das alterações climáticas na saúde”, bem como “as oportunidades para reduzir os riscos para a saúde relacionados com o clima”, através de políticas de adaptação alinhadas com ações de mitigação. O briefing é um esforço conjunto do “Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate Change” (uma colaboração global de instituições académicas e agências internacionais) e da AEA.

De acordo com o briefing, os eventos extremos já são causa de mortes e de efeitos negativos para a saúde na Europa. Além disso, a “vulnerabilidade a secas continua a aumentar” no continente, ao mesmo tempo, que “as alterações climáticas estão a tornar algumas áreas da Europa mais adequadas para várias doenças infecciosas”.

O briefing observa que, embora todos os Estados-membros da UE tenham estratégias ou planos de adaptação, as ações que abordam as ameaças climáticas para a saúde ficam para trás e podem ser apoiadas por mais conhecimento sobre soluções eficazes. Além disso, no nível local, a adaptação às mudanças climáticas permanece no domínio do planeamento espacial, desenho urbano ou departamentos ambientais, e os profissionais de saúde pública devem se envolver mais.

O briefing é publicado no novo “Observatório Europeu do Clima e da Saúde“, uma plataforma online que disponibiliza acesso fácil a uma ampla gama de recursos sobre alterações climáticas e saúde.