#Ambipress: As notícias que mais marcaram a semana

O que a imprensa nacional e internacional diz sobre ambiente, clima e sustentabilidade? O Ambipress é a revista de imprensa da Ambiente Magazine. Semanalmente, esta rubrica traz um resumo do que marcou o setor e que teve eco na comunicação social, numa seleção feita pela redação da Ambiente Magazine.

8 de maio

Público: “Especialistas recomendam medidas estruturais de combate à escassez da água”

Portugal possui uma Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca que organizou 13 reuniões em seis anos. Para dar resposta à seca extrema que o Sul do país enfrenta, o grupo de decisores político que se reuniu há duas semanas partilhou várias recomendações, como por exemplo, a proibição de novas estufas no Alentejo.

Público: “Abuso de poder e venda ilegal de água levam Governo a agir”

Várias denúncias “por alegadas irregularidades” cometidas pela direção da Associação de Beneficiários do Mira (ABM) forçaram a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) à destituição do órgão gestor Aproveitamento Hidroagrícola do Mira (AHM) e a nomear uma comissão administrativa para assegurar a campanha de rega de 2023.

Público: “Governo cria grupo de trabalho dedicado ao lixo marinho”

Já foi criado um grupo de trabalho dedicado ao lixo marinho. O despacho, publicado no passado dia 4 de maio, estabelece a criação e os objectivos do grupo, entre os quais a elaboração de uma proposta para um plano de acção nacional para este tipo de poluição.

Público: “França vai proibir encher piscinas, lavar carros e regar”.

A partir do dia 10 de maio vai ser proibido lavar carros, regar jardins e encher piscinas em determinadas regiões do Sul de França. O anúncio do ministro francês da Transição Ecológica, Christophe Béchu, deve-se ao agravamento da escassez de água em algumas regiões no Sul de França. A proibição de vendas de piscinas pretende “evitar que as pessoas sejam tentadas a fazer o que, de facto, não podem fazer, ou seja, enchê-las”, disse.

9 de maio

Jornal de Notícias:  “Banco Alimentar recolheu mais de 1719 toneladas de alimentos”

A campanha nacional do Banco Alimentar Contra a Fome, que decorreu no fim de semana, angariou mais de 1719 toneladas de alimentos com a colaboração de 40 mil voluntários. Segundo a instituição, a campanha realizou-se em duas mil superfícies comerciais de 21 regiões do país. Os alimentos recolhidos serão distribuídos, a partir desta semana, em 2600 instituições de solidariedade social, que farão a entrega de 400 mil pessoas com carências alimentares. Vai ser possível contribuir, até 14 de maio, através de vales.

10 de maio

Público: “Abril seco e quente deixou 89% do país em situação de seca”

O passado mês de abril foi muito quente e extremamente seco, segundo o boletim mensal do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA). Após três ondas de calor, abril foi o quarto mês mais quente desde 1931 com um valor médio da temperatura média do ar de 16,59 graus Celsius, ou seja, mais 3,43 graus do que a média no período entre 1971 e 2000. No final de abril, 89% do território estava em seca, com 34% nas classes de seca severa e extrema.

Público/Lusa: “Governo recusa atraso em reconhecer a situação de seca em território nacional”

Apesar da seca severa e extrema em cerca de 40% do território nacional, a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, recusa que o Governo se tenha atrasado a reconhecer a situação, justificando que só agora o fez devido às regras europeias.

Mais/Semanário: “Duna da praia da Estela em risco e APA ainda não tem soluções”

Aires Pereira, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, lamentou o facto de que a duna da praia da Estela possa romper a qualquer momento, e que coloque em risco os campos hortícolas. O autarca esclareceu, na última Assembleia Municipal, que a “Agência Portuguesa do Ambiente (APA) ainda não tem solução para o caso”.

Observador/Lusa: “BE exige respostas a Moedas para o “caos na mobilidade” da cidade de Lisboa”

O Bloco de Esquerda exige à Câmara Municipal de Lisboa respostas para o “caos na mobilidade” da cidade. Ao autarca, Carlos Moedas, o partido quer uma reunião urgente com o município, Metropolitano e Carris para encontrar “soluções de emergência”.

Observador/Lusa: “Desertificação é ameaça significativa em Portugal e Espanha, alertam Tribunais de Contas”

Os Tribunais de Contas de Portugal e Espanha alertam para falhas e lacunas para dar resposta à desertificação dos solos, uma ameaça para a Península Ibérica. As duas entidades apontam para a não existência de projetos transfronteiriços sobre a desertificação.

Observador/Lusa: “Bruxelas preocupada com situação “extremamente grave” de seca no sul da Europa”

Portugal lida com uma seca em 40% do território nacional que pode levar a uma ajuda por parte de Bruxelas no setor da agricultura. A Comissão Europeia está a acompanhar de perto a situação da seca no sul da Europa, incluindo Portugal, e que considera “particularmente grave”, nomeadamente para os agricultores.

Observador/Lusa: “China vai adotar padrões de emissão mais rígidos para automóveis”

A partir de julho, os automóveis na China vão passar a ter restrições mais rígidas no que toca à emissão de elementos poluentes. Com estas medidas o país espera atingir a neutralidade de carbono até 2060.

11 de maio

Público/Lusa: “Espanha proíbe trabalho ao ar livre durante calor extremo”

O país vizinho vai proibir alguns trabalhos ao ar livre durante condições de calor extremo. A medida, anunciada pela ministra do Trabalho, Yolanda Diaz, faz parte de um pacote que o Governo espanhol vai aprova em reacção a uma seca prolongada. A proibição será aplicada quando a agência meteorológica nacional AEMET emitir um alerta sobre um risco grave ou extremo de temperaturas elevadas.

Público/Lusa: “Governo não vai para já limitar uso de água nas nossas casas”

Numa altura em que o Sul de Portugal atravessa uma crise de seca, Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Acção Climática, afasta, para já, a possibilidade de adoção de medidas que proíbam o consumo de água, como por exemplo para piscinas.

Observador: “Sete em cada dez anos podem vir a ser de seca em Portugal, onde as temperaturas máximas subirão até 51°C”

De acordo com projeções dos estudos complementares ao “Roteiro Nacional para a Adaptação 2100” indicam que, no final deste século, pode-se vir a ter seis a sete secas por cada dez anos no sul. Tal significa que, “teremos mais de metade de uma década em seca, no período 2071-2100”, adianta ao Expresso Pedro Matos Soares, coordenador da equipa da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) que está a trabalhar neste roteiro.

12 de maio

Jornal de Notícias:  “Famalicão perde metade da água e carrega nas multas”

A Câmara de Famalicão não fatura quase metade da água que circula no sistema. As perdas no ano passado, foram de 47,3%. Para baixar este número para menos de 30% (média nacional) até 2025, o município decidiu agravar as multas para o consumo ilícito. Os aumentos variam entre 150% e 2900% para pessoas singulares e empresas, revelou ao JN o vereador do Ambiente, Hélder Pereira.

Observador/Lusa: “Seca: investigador alerta para agricultura intensiva e defende reflorestação”

Numa altura em que as preocupações com os recursos hídricos aumentam, Luís Filipe Fernandes, investigador do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), alertou que a agricultura consome 75% das disponibilidades e que albufeiras perderam capacidade de armazenamento, defendendo reflorestações para reter a precipitação.

Observador/Lusa: “Alterações climáticas estão a mudar padrões de migração das aves”

As alterações climáticas estão a mudar padrões de migração das aves, especialmente devido às temperaturas mais altas no norte da Europa. Em entrevista à agência Lusa a propósito do Dia Mundial das Aves Migratórias, o diretor executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Domingos Leitão, explica que devido às alterações climáticas as temperaturas mais amenas no norte da Europa têm levado espécies a ou não migrar ou fazê-lo mais tarde e por períodos mais curtos.

Público: “Há zonas costeiras em Portugal que estão a perder vários metros por ano”

Na praia da Cacela Velha, no Algarve, a linha de praia recuou cerca de 4,5 metros por ano (no período de 1995 a 2022), segundo os dados recolhidos por satélite e analisados pelo programa Space for Shore, que conta com a participação de cientistas da Universidade de Aveiro. Outras zonas como a Costa da Caparica e Lagoa de Óbidos também registaram mais de dois metros de recuo por ano. Mas “nem tudo é mau”: o responsável por este projeto em Portugal, Paulo Baganha Baptista, diz ao Azul que várias praias registaram “crescimentos bastante significativos”. Em Tróia, por exemplo, houve ganhos de 13 metros por ano.

 

Nota: A Ambiente Magazine não é responsável pela informação veiculada nos meios de comunicação social selecionados.