Aniversário Ambiente Magazine: “Para quando a sustentabilidade?

No 28.º aniversário da Ambiente Magazine, assinalado em dezembro de 2021, lançamos um desafio ao setor do ambiente. Designado por “Passa-a-Palavra”, este desafio começou com Lee Hodder (Galp), José Furtado (Águas de Portugal) e Ana Isabel Trigo Morais (Sociedade Ponto Verde), onde cada um teve de responder à pergunta -“Para quando a sustentabilidade?” – e, ao mesmo tempo, lançarem o mesmo desafio a outras personalidades, e assim sucessivamente. Nesta edição número 92, que corresponde à segunda parte do trabalho (primeira foi publicada na edição 91), partilhamos os testemunhos da área das Águas.
Na próxima edição serão disponibilizados os testemunhos da área da Energia.

Hoje, partilhamos o testemunho de Cristina Rocha (LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil)

PARA QUANDO A SUSTENTABILIDADE?

“O processo de mudança em direção à sustentabilidade requer a mobilização urgente da inovação, da criatividade. dos investimentos e da cooperação, a nível individual, das comunidades e das organizações, com o propósito de:

  • O progresso da sociedade não ameaçar nenhuma das sete fronteiras planetárias responsáveis pelo equilíbrio e resiliência do planeta, revertendo as que já foram ultrapassadas ou estão numa situação de risco (à escala global, a biodiversidade, as alterações climáticas, as alterações no uso do solo e os fluxos de azoto e fósforo);
  • Dentro dos limites planetários, ser capaz de atender às necessidades básicas de todas as pessoas do planeta, eliminando a pobreza e promovendo a equidade;
  • Se reorganizarem os sistemas de produção e consumo de forma que os materiais e produtos se mantenham em circulação na economia no seu máximo valor e pelo máximo tempo possível, combatendo a obsolescência prematura, eliminando resíduos e tendo um impacte positivo nos ecossistemas e nas comunidades;
  • Se adotarem padrões de vida assentes na suficiência, na substituição de serviços e produtos de elevada intensidade energética e material por outros de baixa intensidade e na transição para modelos de consumo baseados na partilha e no desempenho”.