A APA (Agência Portuguesa do Ambiente) deu início, neste mês de janeiro, à segunda fase do Programa de Monitorização da Faixa Costeira de Portugal Continental, designado COSMO 2.0. Com a duração prevista de três anos, e executado pela empresa ATLANTICLAND, é financiado pelo Fundo Ambiental, representando um investimento de cerca de dois milhões de euros.
O COSMO 2.0 mantém a estrutura e os objetivos da sua primeira edição, centrando-se em fornecer informação fundamental para o planeamento estratégico e o apoio à tomada de decisão no âmbito da gestão integrada das zonas costeiras. Esta nova fase dá continuidade ao trabalho iniciado em 2018, assente na recolha, processamento e análise de dados sobre a evolução das praias, dunas, arribas e fundos submarinos da costa continental portuguesa.
Os dados gerados pela primeira fase do programa registaram, até ao momento, mais de 12.000 downloads, contanto com próximo de 700 utilizadores registados, refletindo o interesse e a utilidade dos produtos disponibilizados. Estas informações têm sido amplamente utilizadas pelas universidades, unidades de investigação, laboratórios do Estado, Administração Pública, Autarquias e entidades privadas no desenvolvimento de projetos e intervenções costeiras.
O COSMO 2.0 foi adaptado e atualizado em algumas áreas e na frequência espácio-temporal da monitorização, mantendo o foco nas zonas críticas, com tendência erosiva instalada e com maior risco para pessoas e bens, como por exemplo os troços Ofir-Cedovém, Esmoriz-Furadouro, Cova-Gala-Costa de Lavos, Costa da Caparica, Forte Novo-Garrão e Praia de Faro. No total, serão monitorizadas cerca de 160 praias e zonas de arriba, sendo novidade a introdução de um sistema piloto de vídeo-monitorização na Costa da Caparica para aquisição de dados sobre a evolução das praias.
Os primeiros levantamentos de campo estão previstos para os próximos meses, com a disponibilização dos novos dados no renovado website do COSMO 2.0 até meados de 2025.