Ativista da Greenpeace lança livro “Viver sem Plástico” com o apoio da Quercus

A Quercus apoia em Portugal o lançamento do livro “Viver sem Plástico”, escrito por Will McCallum, destacado ativista antiplástico da Greenpeace para a problemática da poluição marinha. A sessão de apresentação irá decorrer no próximo dia 15 de outubro pelas 18h00, no auditório da FNAC do Centro Comercial Colombo, em Lisboa.

Este livro aborda temas tão pertinentes quanto o consumo de plástico de utilização única e a prevenção da poluição marinha provocada pelo incorreto encaminhamento destes resíduos e pretende ajudar a sociedade a levar a cabo pequenas mudanças que farão uma enorme diferença no que a este problema diz respeito.

Alguns conselhos abordados pelo livro passam por:

– Lavar a roupa em sacos próprios para conter as microfibras de plástico, impedindo-as de chegarem aos oceanos (estas são responsáveis em 30% pela poluição por plástico);

– Substituir o champô vulgar por champô em barra;

– Evitar as embalagens supermercado;

– Fazer festas de aniversário livres de plástico;

– Convencer os outros a juntarem-se a si nesta demanda anti-plástico.

 

“Viver sem Plástico” proporciona informações necessárias e medidas práticas sobre a forma de reduzir o uso de plástico no dia-a-dia: em casa, nas deslocações diárias, no local de trabalho e na comunidade. Este livro faculta igualmente factos sobre o problema e as ferramentas de campanha necessárias para o ajudar a convencer outras pessoas, inclusive os amigos, a família, colegas, empresas, para poderem conjugar esforços com vista à criação de um mundo onde a poluição causada pelo plástico seja uma coisa do passado.

Portugal e o plástico

A sensibilidade dos portugueses para estas temáticas tem aumentado, começa a existir uma maior envolvência, participação e procura por alternativas aos plásticos. A Quercus estima que 96% da população Portuguesa está familiarizada com o problema da poluição por plástico, mas que 65% não sabe identificar quando os plásticos são recicláveis.

O uso de materiais em plástico descartável e de curta utilização tem aumentado a um ritmo alucinante nas últimas décadas. A sociedade tem substituído os seus hábitos de consumo pela aquisição cada vez maior de produtos embalados ou materiais em plástico cuja utilização dura segundos de vida e causa danos no ambiente por centenas de anos. Como se não bastasse há ainda o facto de que muitos materiais não terem destino para reciclagem (exemplo as palhinhas ou os cotonetes).

Esta atitude tem transformado o plástico num dos maiores problemas que o Planeta tem que resolver no século XXI – a poluição marinha pro plástico. Se caminharmos na mesma direção, estima-se que em 2050 haja mais plástico nos Oceanos que peixes, e o Homem não vai ficar imune a este desastre, acabará por absorver toda esta poluição através da sua alimentação.

Portugal não pode ficar indiferente a este problema, até pela dimensão de costa que possui! É fundamental apostar na sensibilização para a redução do uso de descartáveis, aliada a políticas ambientais que limitem a utilização destes materiais, uma maior diferenciação dos produtos cuja conceção promova a incorporação de matérias primas recicladas e a promoção da separação e reciclagem dos lixos, sem as quais não haverá Economia Circular em Portugal.