Barómetro de Eficiência Energética da Administração Pública já está em funcionamento

Já está em funcionamento o Barómetro de Eficiência Energética da Administração Pública, lançado pela ADENE – Agência para a Energia, no âmbito do Programa ECO.AP (Programa de Eficiência Energética na Administração Pública).

Depois de uma primeira versão descontinuada em 2012, este novo barómetro pretende ser um instrumento estratégico para o setor Estado, promovendo a monitorização e gestão da energia das entidades públicas e dos ministérios, já que permite, com base num conjunto de indicadores, registar, avaliar e comparar o desempenho energético de cada serviço e organismo, sendo os rankings divulgados publicamente.

O Barómetro ECO.AP permitirá caraterizar os consumos de energia dos edifícios da Administração Pública Central, sendo esta uma condição essencial para o planeamento de políticas e medidas estruturadas e capazes de promover de forma eficaz a eficiência energética e as energias renováveis no setor público. Adicionalmente, permitirá também identificar boas práticas de eficiência energética, funcionando como mecanismo indutor de práticas e comportamentos energeticamente eficientes.

Os Gestores Locais de Energia (GLE) são essenciais para a promoção da utilidade desta ferramenta de referência para a gestão dos consumos de energia do Estado, enquanto agentes mobilizadores e interventivos na introdução e avaliação dos dados relativos aos consumos de energia, garante a ADENE.

Nesta fase, o Barómetro irá agregar os consumos de todos os vetores de energia (eletricidade, gás natural, energias renováveis) e, desta forma, criar uma caraterização dos consumos atuais, que servirá igualmente, como ferramenta de monitorização do a implementação do Programa ECO.AP e avaliar o cumprimento das metas a que Portugal se obrigou na área da eficiência energética na Administração Pública.

Maria João Coelho, vice-presidente do Conselho de Administração da ADENE, afirma que: “Para atingir os objetivos e as metas propostos é necessário continuar a investir num conjunto de ações e de instrumentos de apoio aos Gestores Locais de Energia, aos seus Dirigentes Superiores e a todos aqueles que pretendem implementar medidas de eficiência energética tendo em vista a redução de consumos. O
Estado pode assim dar um bom exemplo de boas práticas ao setor privado e a todos os cidadãos, conseguindo reduzir custos com a sua fatura de energia”.

Pequenos gestos, mais eficiência energética

A redução da fatura de energia do Estado passa por intervenções estruturadas nas instalações em que se verifique maior desperdício de energia, ou seja, onde a ineficiência prevalece quer através das soluções construtivas e técnicas, mas também através de pequenos gestos por parte de todos os utilizadores das instalações, sejam elas, escolas, hospitais, serviços de finanças, entre outros.

Por exemplo, se cada um desligar o seu monitor do computador, e até dos televisores, em vez deixar em modo espera durante os intervalos, a noite e o fim de semana, permite ao Estado uma poupança anual da ordem dos 500.000 euros na fatura de energia e uma redução de cerca de 1.000 toneladas de CO2.

Por cada W elétrico que cada funcionário público evitar por hora de trabalho, ao final de um ano contribui para uma poupança de pelo menos 130.000 euros na fatura de eletricidade do Estado. Basta desligar uma fonte de Luz LED de 8W durante uma hora por dia.

Campanha ECO.AP

Recorde-se que Portugal comprometeu-se reduzir, até 2020, os consumos de energia em 30% no setor Estado. Para a percussão destas metas foi criado o Programa ECO.AP, estabelecido através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 2/2011, de 12 de janeiro.

Neste âmbito, está em vigor uma Campanha de Sensibilização promovida pela ADENE e com o mote “A Energia tem ECO no Futuro”, que tem como principal desígnio envolver a Administração Pública Central na promoção da Eficiência Energética, através de um plano de  ações inovadoras que decorrerão ao longo de 2018.