Biodiversidade continua a aumentar fruto da recuperação do troço do rio Tinto no Trilho Ecológico da Lipor

A abordagem ao rio Tinto assume um papel preponderante na estratégia da Lipor para a Biodiversidade e de Responsabilidade Social. O rio Tinto é um pequeno afluente do rio Douro, com cerca de 12 km de comprimento, mas com uma importância elevada na região, abrangendo os concelhos de Valongo, Gondomar, Maia e Porto. Apesar de na Lipor a expressão do rio Tinto ser reduzida, a Organização considera que o seu envolvimento para a sua proteção deve ser total.

O projeto de Valorização do rio Tinto pretende contribuir para a definição de uma ação conjunta entre várias entidades, que tem como premissas cadastrar e permitir confirmar zonas de contaminação, monitorizar a evolução da qualidade da água, permitir sustentar de um ponto de vista técnico-científico, as intervenções indispensáveis para a recuperação do rio, reavivar o ecossistema ribeirinho e definir usos futuros sustentáveis no mesmo.

Nesta concretização, além de diversas intervenções no leito e nas margens do rio, utilizando técnicas de engenharia natural ao longo do troço que passa pela Lipor e que pode já ser desfrutado no Trilho Ecológico, a Lipor recriou a figura do “Guarda-Rios”.

Com funções diárias de vigilância ao troço do rio Tinto que ladeia as instalações da Lipor, o nosso “Guarda-Rios”, preenche diariamente um Boletim de Inspeções, que mensalmente são compilados e remetidos aos Parceiros de Protocolo de Colaboração do rio Tinto.

Em 2018 o trabalho do Guarda-Rios foi bastante profícuo, com 227 visitas ao rio, que correspondem a 975 inspeções e 2925 parâmetros inspecionados. De salientar que ao longo do ano se passou de dois para cinco pontos de inspeção fixos.

Em termos de resultados, apesar de se notar uma ligeira melhoria na qualidade do rio e da água, ainda foram detetadas 300 ocorrências em 47 dias do ano, sendo que os pontos relacionados com a ribeira da granja foram os que apresentaram maior número de ocorrências (cerca de 80%).

Relativamente aos tipos de ocorrência (odor, cor e resíduos), os resultados foram distribuídos da seguinte forma: 26% de ocorrências relacionadas com odor, 36% de ocorrências relacionadas com a cor e 38% de ocorrências relacionadas com a presença de resíduos sólidos e espumas.

Apesar disso, todo o trabalho que tem vindo a ser efetuado tem dado resultados muito positivos, e a biodiversidade do rio Tinto continua a aumentar. Este ano já foram observados patos, tritões e salamandras, sinal de que a qualidade do ecossistema está a melhorar.

Este projeto tem como parceiros da LIPOR, os Municípios de Valongo, Gondomar, Maia, Porto, as Águas de Gondomar, SA., as Águas do Porto, a Universidade Fernando Pessoa e a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P./Administração da Região Hidrográfica do Norte, as Águas de Valongo, SA., as Juntas de Freguesia de Rio Tinto, Ermesinde, Águas Santas, Baguim do Monte e Campanhã.

Para saber mais sobre o Programa e sobre a Estratégia de Biodiversidade da Lipor consulte o nosso Portal: https://www.lipor.pt/pt/sustentabilidade-e-responsabilidade-social/biodiversidade/lipor-e-a-biodiversidade/.