Agência Portuguesa do Ambiente: Bom ar depende de como se anda nas cidades

A iniciativa apresentada na passada sexta-feira pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) marca o início de uma campanha de sensibilização para a qualidade do ar e recomenda o “uso de mobilidade elétrica ou não poluente, envolvendo várias autarquias e as comissões de coordenação e desenvolvimento regional num protocolo de colaboração”, noticiou a Lusa.

“O grande poluente urbano vem dos tubos de escape”, salientou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, advogando que “andar a pé e utilizar ao máximo o transporte coletivo” são comportamentos que podem evitar os impactos da poluição na saúde de todos, especialmente as doenças respiratórias.

O ambientalista Francisco Ferreira, da associação Zero, uma das parceiras do protocolo hoje assinado, afirmou que há casos onde a qualidade do ar “ainda é má”, indicando os exemplos dos centros de Lisboa e Porto, onde “se ultrapassam em 50% os limites anuais” definidos.

A Zero defende “mais ambição nas zonas de emissões reduzidas em Lisboa”, alargando as restrições à circulação de carros poluentes e mais antigos, e “pensar em zonas de zero emissões”, onde só se possa andar a pé ou com veículos elétricos.

A rede de monitorização da qualidade do ar precisa de ser “remodelada para ter melhor cobertura e equipamentos mais eficientes”, reclamam ainda os ambientalistas.

A campanha “por um país com bom ar” inclui anúncios com figuras públicas como o cantor rui Veloso, o ator Joaquim de Almeida, o empresário Rui Nabeiro ou a atleta Naide Gomes.