Brasil reduz em 45% a desflorestação da amazónia

O ministro do Meio Ambiente brasileiro, Carlos Minc, informou que o Brasil, de Fevereiro a Março deste ano, conseguiu diminuir 45 por cento da desflorestação efectuada na Amazónia, através da implementação de um conjunto de acções estratégicas desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Carlos Minc informou também que a desflorestação da Amazónia, de Novembro de 2008 a Janeiro deste ano, sofreu uma acentuada diminuição, cerca de 70 por cento (segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE). No mesmo período, em 2007 e 2008, foram detectados 2.527 quilómetros quadrados de degradação da floresta, comparativamente a apenas 754 quilómetros quadrados encontrados nos últimos dois meses de 2008 e Janeiro de 2009. Esta redução, no nível de desflorestação e neste período, é uma das maiores já registadas e o ministro atribui a responsabilidade deste resultado à actuação conjunta dos órgãos ambientais e da Polícia Federal na região.
Segundo o ministro Carlos Minc, a implementação das acções conjuntas, essencialmente pelo “Fundo Amazónia”, desflorestação, combate ao aquecimento global, licenciamento de Hidroeléctricas (que têm como principal objectivo aumentar e garantir a participação e o controle social nesta forma de empreendimento), e pela criação de novas áreas de conservação ambiental na Amazónia, têm garantido a preservação da floresta amazónica.
Até agora o Brasil, através do INPE, só controlava a região da Amazónia, mas tem previsto também a monitorização de todos os ecossistemas brasileiros, como o Pantanal, a Mata Atlântica, o Cerrado, entre outros. Com isto, o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que o presidente Lula assinou no início de Dezembro de 2008, foi internacionalmente elogiado.
Outra novidade foi a criação da Guarda Nacional Ambiental, uma tropa especial que irá actuar no combate aos crimes ambientais, onde bombeiros e polícias militares das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste irão receber formação para saber agir junto dos órgãos de fiscalização ambiental, através do Programa de Cooperação Federativa.
O Governador do Estado da Amazónia está também a desenvolver unidades de conservação e parques estaduais, com o devido apoio dos recursos federais, “para que a população possa usufruir do ecoturismo, emprego e artesanato, sem terem que destruir os recursos naturais da floresta Amazónica e alterar o habitat das populações nativas”, refere um comunicado da EMBRATUR.
“Com estas medidas, e segundo o referido comunicado, “o Brasil inicia o combate à desflorestação, que é a principal fonte de emissão de dióxido de carbono (CO2), e tem como meta, até 2017, de reduzir este valor até 70 por cento, deixando assim de emitir 4,8 biliões de toneladas de CO2, valor superior ao total de todos os países desenvolvidos”. Para o Ministro Carlos Minc, os efeitos da crise mundial só devem atingir a Amazónia entre os meses de Abril e Maio.
"