“Cabe às Águas de Portugal assumir sempre de forma humilde, mas com orgulho, o papel essencial que desempenha no país”

“Quando olho para as organizações, sinto cada vez mais que têm um número reduzidíssimo de angústias estratégicas ao longo da sua vida: são mesmo poucas as opções estratégicas que verdadeiramente uma organização empresarial tem que fazer”. A declaração é de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, que falou esta sexta-feira, dia 17 de dezembro, na sessão de apresentação ​​da política de integridade do Grupo Águas de Portugal (AdP). O compromisso de integridade assumido pelo Grupo está assente num modelo de governação com os mais elevados padrões éticos, na transparência, responsabilidade e na excelência das práticas de gestão pública.

Partilhando a sua experiência relativa às empresas, Matos Fernandes constata que uma organização corre bem ou mal consoante consegue definir e controlar bem os seus processos: “Isto é absolutamente essencial no fazer da diferença”. E é nesse “controlar dos mesmos processos” que é essencial “envolver todos, ter princípios claros e ser capaz de comunicar”, refere, destacando que a “comunicação” e a “gestão dos recursos humanos” é da maior importância numa empresa. Aliás, a “grande diferença” na gestão de uma empresa pública e de uma empresa privada é a gestão de recursos humanos: “Não podemos nós, no setor público, diferenciar e destacar: é aqui que está a principal diferença, que é conquistar sempre as pessoas”. O conceito “integridade” pode mesmo ser um “excelente agregador” num tempo estranho e de desconfiança, pelo qual todos vivem: “É onde, de facto, podemos criar condições dentro das nossas organizações e é essencial para projetar uma empresa de dentro para fora”, afinca.

O compromisso de integridade apresentado é no entender do governante um “desafio grande” no sentido em que também a AdP é uma “grande empresa” na sua dimensão e na responsabilidade que tem: “Cabe às AdP saber pensar e saber projetar o futuro, acompanhado por aqueles que serão sempre impulsionadores e vozes críticas das nossas vontades”. E cabe também à AdP assumir sempre de forma “humilde, mas com orgulho no papel essencial que desempenha” no país: “Não temos que ser modestos na compreensão da nossa relevância”. Olhando para a AdP, o ministro do Ambiente reconhece que é uma empresa “profundamente amarrada ao território”n que reconhece as “diferenças” e o “papel SEMINAL [???] que tem para a garantia da saúde pública” dos portugueses: “Temos de reconhecer que somos o maior consumidor público de eletricidade”. E, por isto, precisa o ministro, a AdP desafiou-se a ser neutra do ponto de vista carbónico e energético até 2030, sendo o primeiro grupo no mundo a fazê-lo: “É da maior relevância para o clima”. Mas, tão importante é também aprender que a partir do ciclo da água, a “circularidade na utilização de recurso e na projeção da economia”, a “noção da eficiência” e a “racionalidade da suficiência” se justificam a partir do uso do recurso: “Ainda há muitos que acham que se pode olhar a água do lado da oferta, ma, acho que é cada vez mais evidente que é preciso olhar a água do lado da procura e da sua racionalidade de uso, sem tirar qualidade de vida a ninguém e garantindo os seus padrões de saúde pública”. Nestas matérias, “não tenho dúvidas nenhumas do quão importante a AdP é na manutenção e na projeção da saúde pública no nosso país”, remata.