Carlos Zorrinho defende descarbonização dos transportes com incentivos ao setor

O eurodeputado do PS, Carlos Zorrinho, defendeu hoje em Estrasburgo que “a descarbonização dos transportes é um imperativo de cidadania, por razões económicas, ambientais e de saúde pública” e apelou à liderança da Europa na área das tecnologias inovadoras de redução de emissões nos transportes.

Na sua intervenção sobre normas de desempenho em matéria de emissões de CO2 dos veículos pesados novos, o eurodeputado sublinhou os dados estatísticos que precisam de ser contrariados “400 mil cidadãos europeus morrem prematuramente por ano devido à má qualidade do ar”.

Considerando que os veículos pesados novos são responsáveis por um quarto do total das emissões de transporte rodoviário, ou seja, 6% do total das emissões de dióxido de carbono na UE, o Eurodeputado socialista entende que a proposta de regulamento deve habilitar o setor a contribuir para o esforço geral que é preciso fazer.

“Só com uma quota significativa desses veículos poderemos atingir o objetivo de redução de 35% das emissões dos veículos pesados novos até 2030, acima dos 30% propostos pela Comissão Europeia, e uma meta intermédia de 20% para 2025”, defendeu Carlos Zorrinho.

Após deixar o alerta para a importância do cumprimento das quotas de emissões de CO2 previstas no regulamento em debate, Zorrinho “desafiou a indústria europeia a desenvolver, a produzir e a comercializar na Europa, e fora dela, veículos pesados sem emissões ou com baixas emissões. A investigação nesse sentido desse ser incentivada e apoiada”.

“Mas não basta apoiar a indústria. Uma percentagem elevada de operadores de transporte de mercadorias na União são PME. É essencial disponibilizar uma estrutura de incentivos robusta para os apoiar”, sublinhou o Eurodeputado socialista que se referiu ainda à concorrência dos Estados Unidos, do Canadá, do Japão e da China no mercado dos veículos pesados que “já introduziram requisitos de redução do consumo de combustível ou das emissões desses veículos”, não podendo a Europa “ficar para trás”.