CCDR Alentejo parceiro ativo em projetos decisivos para o futuro da região

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR Alentejo) afirma-se como um parceiro ativo em diversos projetos, tendo uma intervenção dinâmica no processo de desenvolvimento regional.

A título de exemplo destaca-se o H2020 AURORAL, um projeto na área da digitalização para as zonas rurais e que se centra no fornecimento de plataformas digitais interoperáveis, abertas e integradas que servem as regiões rurais e contribuem para um ecossistema europeu, globalmente competitivo, de serviços e empresas digitais, para capacitar as Comunidades Inteligentes. Iniciado em 2021, o Auroral conta com 4 anos de execução e integra um consórcio de 25 parceiros de 10 países, que incluem 8 zonas-piloto rurais, universidades e empresas tecnológicas, com ações programadas em 5 domínios como a agricultura, saúde, energia, mobilidade e turismo.

Outro dos projetos onde a CCDR Alentejo é parceira é o Transporte a Pedido que procura garantir as acessibilidades a toda a população que não dispõe de proximidade a transportes públicos, complementando os serviços existentes e nunca se sobrepondo à oferta existente. Numa fase piloto, o projeto abrange 8 concelhos: Reguengos de Monsaraz e Vendas Novas, onde se encontra já efetivamente implementado, e ainda Montemor-o-Novo, Alandroal, Moura, Beja, Mértola e Odemira.

A CCDR Alentejo tem procurado territorializar as políticas públicas governamentais, incluindo a estruturação do modelo de economia circular no Alentejo. Neste sentido, tem desenvolvido um conjunto de ações com o objetivo de identificar e potenciar estratégias de transição e aceleração para a Economia Circular (EC). Destaca-se o Fórum para a Economia Circular do Alentejo (FECA), que se constitui como modelo de governança da temática na Região, através da agregação de iniciativas e de interações regulares e sistemáticas entre os agentes de governação e os agentes que operacionalizam ou pretendem operacionalizar a Economia Circular na região.

No âmbito do modelo de governança, a CCDR Alentejo integra um projeto internacional – CircPro: Circular Procurement – que visa promover condições e critérios que estimulem a economia de energia e materiais, para além de contribuir para a disseminação de soluções e a criação de novos mercados através da contratação pública.

A importância de abordagens integradas e intersectoriais que assegurem um equilíbrio entre as várias dimensões da sustentabilidade: social, ambiental, económica e de governação tornou-se num desafio regional no que se refere à necessidade de resposta de dimensão regional às Alterações Climáticas que, no Alentejo, se reveste de diferentes problemáticas: a vulnerabilidade crescente e projetada da orla costeira; a acentuação dos níveis de desertificação física, com erosão dos solos e perda de biodiversidade; as alterações nas funções e fertilidade dos solos; e os efeitos nocivos no setor agrícola.

Sendo as alterações climáticas uma prioridade de todas as políticas públicas, a CCDR Alentejo iniciou o processo de elaboração de uma Estratégia Regional de Adaptação às Alterações Climáticas para o Alentejo (ERAACA) onde os ecossistemas, o clima e a saúde e bem-estar são elementos chave.

Em dezembro de 2013 a UNESCO reconheceu a Dieta Mediterrânica (DM) como património cultural imaterial da humanidade reconhecendo a presença do património alimentar mediterrânico em Portugal como modelo cultural, histórico e de saúde, reforçando ainda a importância da preservação e transmissão desta herança cultural para o futuro.

Reconhecendo a sua importância e impacto que pode ter no desenvolvimento do Alentejo, a CCDR Alentejo coordena, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, o Conselho Regional do Alentejo da Dieta Mediterrânica, que visa desenvolver as ações necessárias à caracterização, promoção, valorização e disseminação dos valores, produtos e manifestações materiais e imateriais da Dieta Mediterrânica do Alentejo.

Este artigo foi incluído na edição 94  da Ambiente Magazine