Chineses entram com a EDP em projetos eólicos offshore no Reino Unido e França

A China Three Gorges (CTG), acionista da EDP com 21,35%, prevê avançar com dois parques eólicos offshore (no mar) no Reino Unido e em França, em parceria com a EDP, até ao início de 2017, disse hoje à Lusa, citada pela RTP, o responsável na Europa. Estas declarações foram prestadas à margem da cerimónia de entrega dos certificados de bolsa de estudo a sete alunos portugueses para estudarem na China. Principal acionista da EDP lançou programa de bolsas para mestrados ou doutoramentos para estudantes portugueses estudarem na China. Os estudantes portugueses receberam 25 mil euros cada.

Em Lisboa, o presidente executivo da CTG para a Europa, Xu Weili, adiantou que a empresa pretende continuar a dar cumprimento à parceria estratégica, tendo já definido os dois próximos investimentos em parceria com a elétrica liderada por António Mexia. “Planeamos investir com a EDP no Reino Unido e na França entre o final deste ano e o início de 2017 em projetos eólicos offhore”, adiantou à Lusa o responsável da CTG, referindo que o avanço do projeto eólico na Escócia está apenas “dependente do Governo do Reino Unido”, avança a RTP.

A CTG ficará com uma participação de entre 10 e 20% na Moray Offshore Renewable, projeto eólico offshore (em mar) que prevê a construção e operação de 1.116 megawatts (MW), potência suficiente para abastecer cerca de 700 mil habitações.

Desde fevereiro que a EDP Renováveis é detentora de 100% do projeto eólico da Escócia, em que a CTG entrará como parceira.

Em junho, no rescaldo do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), o presidente executivo da EDP, António Mexia, admitiu que o projeto eólico na Escócia possa sofrer atrasos, cujos leilões estavam previstos até ao final de 2016.

Em declarações à Lusa, Xu Weili referiu que a CTG avançará também com a EDP num projeto “semelhante”, de energia eólica offshore, mas em França, que o consórcio que integra a EDP Renováveis ganhou em 2014, para o desenvolvimento de uma capacidade de 1.000 MW, com conclusão prevista até 2021.