Cidades esponja imitiam o ciclo da água e minimizam impactos climáticos

A sexta sessão da Academia da Água, organizada pela APRH (Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos), aconteceu esta quarta-feira, em Lisboa, e debateu vários temas envoltos no setor da água, entre eles o da inovação.

Judite Fernandes do LNEG foi uma das oradoras do painel “Inovar no Setor da Água” e veio falar sobre o conceito das cidades esponja, ou seja, cidades com capacidade para reterem água. No fundo estas cidades, que são adaptadas para uma arquitetura bioclimática, imitam o ciclo da água e ajudam a minimizar o impacto de fenómenos climáticos extremos, como por exemplo as cheias, as secas e as ondas de calor.

A adoção deste conceito permite que as cidades se tornem “mais saudáveis, resilientes às alterações climáticas e mais biodiversas”, sendo que há um aumento da infiltração da água no subsolo e um aumento das reservas subterrâneas.

Nas cidades esponja é fundamental a conservação de troços principais de ribeiras e rios e área envolvente, naturalização das margens das ribeiras e rios com a manutenção das galerias ripícolas, e espaços naturais que se entrecruzam com a malha urbana, com preservação do solo, matéria orgânica, microfauna e microflora, retenção de água e seres vivos”, explicou a oradora.

Assim, de forma geral, este novo conceito de cidade “regula a temperatura, absorve a água e consome menos energia”.

A sexta edição da Academia da Água, organizada pela APRH, realizou-se ao longo desta quarta-feira, dia 10 de abril, no Auditório Agostinho da Silva da Universidade Lusófona, em Lisboa.