CNA reclama apoios aos produtores forçados a arrancar pomares afetados pelo fogo bacteriano
Depois de ser identificada a bactéria como agente causador da doença conhecida como “fogo bacteriano”, que afeta sobretudo macieiras, marmeleiros e pereiras, o Ministério da Agricultura determinou algumas medidas de proteção e controlo, entre elas o arranque e destruição imediata, por queima ou enterramento, de toda a parcela do pomar com mais de 50% de plantas com sintomas visíveis e proibição de transporte para fora da zona contaminada de vegetais ou partes de vegetais hospedeiros.
Todavia, acusa a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), o Ministério não estabeleceu apoios financeiros aos produtores afetados por estas medidas. “Os agricultores são os primeiros interessados em manter as boas condições sanitárias dos seus pomares e estão na linha da frente no combate à proliferação destas doenças. Contudo, estas operações, sem apoios, põem em causa o próprio combate e traduzir-se-ão em perdas significativas de rendimento, podendo ditar o fim destas explorações”.
Desta forma, a confederação reclama ao Governo “medidas concretas, céleres e compensatórias”, para apoiar os produtores afetados a cobrir as despesas com as operações de limpeza, arranque e destruição de plantas e para a replantação de novos pomares e de culturas não hospedeiras.
“É ainda necessário compensar os agricultores pela perda de rendimento resultante da diminuição ou da ausência total de produção, até que seja atingida a fase de regularidade da produção”, acrescenta a CNA, que pede também uma estratégia nacional para o combate à proliferação das pragas e doenças no setor, pois “este tipo de medidas não têm de ser discutidas apenas quando os problemas aparecem. Se já estiverem previstas, a sua implementação será muito mais rápida e a eficácia dos planos de combate será muito superior”.