Colt quer ser líder de mercado na sustentabilidade

Proteger o ambiente e reduzir a poluição associada às suas atividades, avaliando o impacto que os serviços e produtos da organização têm no ambiente é o grande foco da Colt. A empresa esforça-se, assim, por seguir as orientações, as boas práticas e os requisitos fixados pela Norma Internacional 14001:2015, garantindo, ao mesmo tempo, o cumprimento das exigências, sem perder de vista os seus objetivos comerciais, bem como as necessidades e as expectativas de todos os stakeholders.

Numa entrevista à Ambiente Magazine, Carlos Jesus, country manager da Colt Portugal e VP Global Service Delivery da Colt, destaca que são várias as áreas-chave em que a empresa tecnológica está focada, nomeadamente, o impacto das atividades e o efeito que isso pode ter na prestação de serviços e na continuidade.

Desta forma, sendo as alterações climáticas uma verdadeira questão para o setor das TIC, a Colt aborda o tema em toda a sua atividade, considerando-o um “aspeto vital” da capacidade de resiliência do negócio: “Gerimos e monitorizamos ativamente o risco de desastres naturais, como inundações e terramotos, a par da gestão do aquecimento global e das alterações climáticas. Reduzimos este impacto através da escolha e planeamento cuidadoso das localizações, bem como adotando as melhores tecnologias disponíveis para as soluções de arrefecimento”. No âmbito da logística e, tratando-se de uma “área crítica” do negócio, o responsável destaca a introdução de “centros de delivery e de armazenamento mais inteligentes” que permitam “reduzir as distâncias de transporte a efetuar” e “melhorar os índices das emissões dos veículos negociando horários de entrega mais favoráveis”. Já no que diz respeito ao “desperdiço”, um desafio transversal a todas as empresas, a Colt tem promovido a “reutilização da tecnologia, conjugando um leque de várias iniciativas corporativas e locais para a disponibilizar junto de grupos da população mais desfavorecida”. Na eliminação de “equipamentos sensíveis” o foco é “observar os procedimentos de segurança mais adequados e testados no âmbito dos protocolos instituídos”, destaca. Ainda dentro da área do desperdício, destaca-se o “reajustamento dos fluxos de resíduos” para “minimizar os aterros e maximizar a transformação dos resíduos em energia”, conforme for mais adequado: “Os projetos especializados assentam em acordos estabelecidos com fabricantes e fornecedores/distribuidores com vista a reduzir as embalagens”, afinca. Relativamente à pegada ambiental, através da recolha e análise otimizada dos dados já tem sido possível melhorar este desígnio, uma vez que, os dados permitem associar os detalhes das emissões à informação de voo ou viagem: “Também, continuamos a monitorizar quer a utilização interna de papel, quer o aumento da utilização da faturação eletrónica em todo o mundo”. A Colt está ainda determinada a diminuir a pegada de carbono do negócio, tendo em marcha várias medidas para efetuar reduções importantes a partir de 2021 e não só: “Apostámos na redução do consumo de energia, tal como definido pela Colt Carbon Footprint, com uma taxa de redução direcionada de 5% e incentivámos o princípio dos 3R (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) para reduzirmos os nossos resíduos, principalmente o papel. E garantimos a eliminação de todos os resíduos inevitáveis de forma completamente responsável e legal”. Tão importante é “dar prioridade à escolha de fornecedores e de prestadores de serviços comprometidos com as boas práticas ambientais”, incluindo a “redução das emissões de carbono nas cadeias logísticas (desde a produção até ao consumo)”, bem como “identificar esquemas de otimização das emissões de carbono, de modo a “permitir investimentos em projetos ambientais que contribuam para equilibrar as pegadas ambientais”, reduzindo as emissões futuras de CO2 em todas as geografias onde a opera. O apoio às iniciativas da “RSE Green”, através da doação de “equipamentos elétricos redundantes”, permitindo reduzir a poluição e a “garantia que todos os incidentes prejudiciais ao ambiente são devidamente reportados, investigados e tomadas as medidas necessárias para evitar a sua reincidência”, fazem também parte das prioridades da empresa.

[blockquote style=”1″]Zero emissões líquidas até 2030[/blockquote]

A somar a tudo isto, Carlos Jesus recorda o recente anúncio do compromisso em alcançar a descarbonização das operações em todo o mundo até 2030: “Enquanto um dos principais atores da indústria tecnológica a nível mundial, esta meta inscreve-se no âmbito da nossa ambiciosa jornada para acelerar a transição para a descarbonização da economia através do desenvolvimento das novas tecnologias”.

Enquanto empresa, há uma compreensão generalizada sobre a urgência de se tomar medidas para impulsionar mudanças positivas na indústria tecnológica e, assim, assumir a plena responsabilidade pelas emissões poluentes: “Estamos muito satisfeitos pela Colt se comprometer a alcançar estes objetivos em conformidade com as metas científicas estabelecidas para a redução das emissões”. O objetivo de fundo da Colt é claro: “Pretendemos tornar-nos líderes de mercado na sustentabilidade, não só reduzindo as nossas próprias emissões, mas também ajudando os nossos clientes nas suas próprias jornadas de sustentabilidade”, refere.

Na estratégia da empresa estão estabelecidas “metas intercalares”, o que, segundo o responsável, demonstra a “credibilidade” nos objetivos e o “empenho” em levar a cabo ações imediatas. Por exemplo, até 2023, “75% de utilização de energia proveniente de fontes renováveis em todas as suas instalações à volta do mundo”; até 2025, “93% das emissões da cadeia de abastecimento alinhadas com o objetivo de 1.5C SBT”; até 2030, “38% da componente de veículos elétricos na frota até 2025 e 75%”; ou até 2030, “gás 100% proveniente de energias renováveis”.

Já sobre como é que a empresa vai conseguir alcançar as “zero emissões líquidas” até 2030, Carlos Jesus acredita que será através do “envolvimento da administração e dos gestores” que, em simultâneo, acaba por envolver todos os níveis da organização: “Queremos integrar a sustentabilidade em tudo o que fazemos, desde encorajar os nossos escritórios a serem paperless, usarem luzes led e até mudarmos a nossa frota automóvel para carros 100% elétricos”. E, nessa linha, incentivar ações anuais de formação de sensibilização ambiental a todos os trabalhadores, de forma a que “possamos acompanhar todas as mudanças que estão a acontecer no universo da sustentabilidade”, e que são muitas: “Este é um elemento central da nossa estratégia”.

Nos desafios que a empresa enfrenta, o responsável reconhece que as “decisões baseadas em ações sustentáveis”, significam ter em atenção as alterações feitas na organização: “Este paradigma de ´colocar cada coisa nova que entra deve sair uma velha´ é algo que até agora nunca fez parte do ADN do setor das telecomunicações onde até há bem pouco tempo a estratégia era simplesmente acrescentar mais alguma coisa, sem considerar a quantidade de espaço e energia desperdiçada nesta forma de fazer as coisas”. O momento é de “grande viragem” e, por isso, o desafio é ambicioso: “Atualmente temos nove redes e duas delas são bastante antigas e obsoletas, ocupando imenso espaço e consumindo muita energia. Estimámos que, se desativarmos e desmontarmos estas duas redes, poderemos poupar a energia o equivalente à que é consumida por 5.500 lares europeus. E aqui é onde nós esperamos poder dar uma contribuição significativa para alcançarmos a neutralidade carbónica no futuro mais imediato”.

E, quais as oportunidades de ser uma empresa neutra? “Acredito que a neutralidade carbónica da nossa rede ajudará a desenvolver o nosso negócio e proporcionará uma infraestrutura resiliente e segura com uma rede a funcionar sem falhas, nem disrupções”. Além disso, acrescenta Carlos Jesus, a neutralidade carbónica permite “oferecer mais valor acrescentado”, incluindo, “ter uma oferta eficiente, competitiva e rentável”, assim como “ligações rápidas e ágeis para responder às necessidades dos clientes” e “gerir o crescimento e a escalabilidade da largura de banda necessária em cada momento”, melhorando a experiência dos utilizadores finais na cloud.

[blockquote style=”1″]Como projetam o futuro?[/blockquote]

É muito difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro. O que posso dizer é que para nós a responsabilidade ambiental está no centro da nossa atividade e consideramos que é aquilo que precisamos de fazer pelo nosso planeta. É por isso que estamos a tomar medidas para reduzir o nosso impacto ambiental a nível global e a fazer da sustentabilidade um motor estratégico chave do nosso negócio. Os requisitos da empresa continuam a ser mais complexos, e precisamos de unir esforços para entregar valor superior à soma das nossas partes. Na Colt, sabemos que a automação, o machine learning (ML) e a Inteligência Artificial (IA) podem trazer mais valias a todas as nossas áreas de negócio. O futuro da nossa indústria também tem a sustentabilidade no seu âmago.

A Colt é mundialmente reconhecida como sendo uma empresa inovadora e pioneira nas áreas de SDN (Software Defined Networks) e de NFV (Network Function Virtualization). O foco da empresa passa por transformar a forma como o mundo trabalha através da conectividade. A Colt IQ Network liga mais de 900 centros de dados aos maiores hubs empresariais e de negócios nas regiões da Europa, da Ásia e da América do Norte, ligando mais de 29.000 edifícios em todo o mundo, e continua a crescer.