A CONFAGRI volta a emitir parecer negativo à proposta da 4.ª Reprogramação do PEPAC, reafirmando a posição que já tinha assumido anteriormente, salientado mais uma vez que esta Reprogramação não responde aos desafios do setor agroalimentar e florestal, nem às expectativas legítimas dos agricultores e empresários que querem investir na modernização, sustentabilidade e competitividade da produção nacional.
Lamentando que a atual proposta mantenha cortes significativos em linhas essenciais de investimento, sem qualquer reposição dos montantes previamente reduzidos, Nuno Serra, Secretário-Geral da CONFAGRI, relembra que “o investimento é o motor de uma agricultura mais inovadora, mais produtiva e mais resiliente, sendo inaceitável qualquer corte orçamental que ponha em causa o investimento no futuro do setor agroalimentar e origine consequências adversas na dinâmica económica rural”.
Esta posição da CONFAGRI foi reforçada após mais uma Reunião do Comité de Acompanhamento Nacional do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum de Portugal, onde os dados apresentados demonstraram que a reduzida verba destinada ao investimento após o corte da 3.ª Reprogramação em conjunto com as verbas transitadas do PDR 2020 para o PEPAC, levará este programa a entrar em overbooking no primeiro ano de abertura de avisos para o investimento.
“Este cenário alarmante demonstra como os atuais recursos são incompatíveis com as ambições do setor, colocando em risco a capacidade de resposta aos desafios da inovação, modernização e competitividade”, lê-se em comunicado.
Sublinhado, ainda, que “a previsibilidade, a estabilidade e o acesso a instrumentos adequados de financiamento são decisivos para a tomada de decisão por parte dos agricultores e das empresas do setor”, Nuno Serra reafirma que a CONFAGRI continuará a defender uma Reprogramação do PEPAC que esteja alinhada com uma estratégia de incentivo à produção que permita o crescimento sustentável do setor agroalimentar e florestal nacional.