Coprocessamento pode evitar a emissão de 3,3 milhões de toneladas de CO2 até 2023

O impacto do coprocessamento em Portugal reduziu nos últimos 13 anos CO2 equivalente à substituição de 86 mil carros a gasóleo por carros elétricos. Desde 2005, período em que este processo começou a ser utilizado pelas cimenteiras portuguesas, o consumo anual de combustíveis e matérias primas alternativas aumentou de 42 mil toneladas para cerca de 300 mil toneladas, uma subida superior a 600%. Até 2023, estima-se que a atividade do coprocessamento permita evitar em média, cerca de 543 mil toneladas de CO2 por ano, o que pode levar a menos 3,3 milhões de toneladas até 2023.

Estas são as primeiras conclusões do mais recente estudo da AVE – Gestão Ambiental e Valorização Energética que vai ser apresentado no próximo dia 29 de novembro, na Sala Luís de Freitas Branco do Centro Cultural de Belém, entre as 17h00 e as 18h45.

O estudo “13 anos de Coprocessamento em Portugal” da AVE, empresa que faz a prospeção, monitorização, avaliação e gestão de resíduos para o coprocessamento. A apresentação vai contar com a presença do Secretário de Estado do Ambiente e da 3Drivers, consultora que realizou o estudo em parceria com a AVE – Gestão Ambiental e Valorização Energética.

Para Luís Realista, administrador da AVE – Gestão Ambiental e Valorização Energética, “é importante olhar para os últimos 13 anos de atividade e perceber o contributo que temos dado para uma utilização cada vez mais eficiente de materiais com baixo potencial de reciclagem. Mas mais do que isso, e porque queremos continuar a contribuir para a melhoria económica e ambiental, este estudo olha para o futuro do coprocessamento. Por isso, vamos juntar parceiros com quem queremos discutir estratégias para o futuro da atividade em Portugal”.

Desde que a empresa começou a sua atividade em 2005, estima-se que tenha dado um contributo positivo para a balança comercial portuguesa de 9,1 milhões de euros anualmente. A utilização de combustíveis alternativos permitiu ainda a criação de 140 postos de trabalho, a maioria no setor de transporte de mercadorias e na gestão de resíduos.