Dieselgate: DECO processa grupo Volkswagen

A Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO) – que representa mais de cinco mil portugueses – já entregou uma ação judicial no Tribunal de Lisboa por causa das reparações do grupo Volkswagen. Só em Portugal foram identificadas 123 mil carros com software fraudulento.

Em causa está a lentidão das reparações da gigante alemã, cujo escândalo afetou cerca de 11 milhões de veículos a nível global.

O jornal i revela ainda que a associação de consumidores em Itália seguiu o mesmo exemplo. O processo é interposto contra a Volkswagen alemã, a SIVA (Importadora do grupo em Portugal, exceto a Seat), a Seat e a Volkswagen espanhola revela a entidade, que remete mais pormenores para depois de o processo ser distribuído a um juiz do  Tribunal de Lisboa.

“A DECO avança com um processo judicial contra o fabricante alemão, a SIVA, a Seat e a Volkswagen espanhola, tentando por esta via, que os consumidores afetdos sejam compensados”, refere.

A associação lembre ainda que, antes de avançar para a barra do tribunal, chegou a questionar o governo, através do Ministério do Ambiente e do Ministério da Economia, “por causa das investigações ao excesso de emissões da fraude, da eficácia do grupo de trabalho, cuja integração nos foi negada, e o estádio da realização das tarefas anunciadas no relatório preliminar”, e acrescenta: “depois de tentarmos o diálogo, consideramos que se esgotou o tempo razoável de espera para os consumidores portugueses”.

Feitas as contas, a DECO lembra que “um ano depois de se tornar pública a manipulação fraudulenta de emissões a SIVA – importador português das marcas Volkswagen, Audi e Skoda – reconhece que cerca de 50 mil carros continuam à espera da intervenção técnica que, alegadamente, servirá para corrigir o problema”, alerta a entidade acrescentado ainda que “a SIVA reconhece que não faz ideia de quanto tempo mais vai precisar para corrigir o problema em Portugal”.

O cenário, no entanto, contradiz a importador, que já em várias ocasiões, garantiu que Portugal estaca entre os países mais rápidos na Europa a reparar os carros afetados pela fraude de emissões.