DPD Group quer ser um “parceiro-chave” em dar melhor qualidade de ar aos cidadãos que vivem nas cidades

A DPD anunciou, recentemente, o seu compromisso com o planeta, com o um ambicioso objetivo de reduzir a sua pegada ambiental descarbonizando o serviço de entregas em 225 cidades europeias, até 2025, um projeto que envolve um investimento de 200 milhões de euros. Do compromisso de Responsabilidade Social e Corporativa, DrivingChange, faz parte o “Programa de Monitorização da Qualidade do Ar” em cinco cidades europeias, de que Lisboa foi piloto.

As “City Tree”, assim são designadas, são “soluções personalizadas” para espaços urbanos concebidas sob os “critérios de sustentabilidade” e que “combinam uma exposição vertical de plantas com purificação do ar”. À Ambiente Magazine, Olivier Establet, CEO da DPD Portugal, explica que o “dispositivo vertical de painéis planos combina tecnologia sem fios e musgo”, controlando a “humidade à volta do musgo”, que depois “atua como um filtro”, retirando as partículas de “poluição do ar”. O desenho modular das “City Tree” assegura, segundo o responsável, a “estabilidade das plantas”, ao mesmo tempo que “poupa espaço, é leve e permeável ao ar”. Além disso, a estrutura conta com um “sistema digital de monitorização e controlo” que “otimiza o efeito do ar climático” e o “cuidado das plantas”. Assim, através das City Tree, as “cidades beneficiam de um serviço de engenharia microclimática” que oferece “possibilidades adicionais de aproveitação de espaços não utilizados”. Outra valia desta estrutura de madeira é que, de acordo com o empresário, está equipada com “diferentes tipos de musgo” que “limpam o ar” e “produzem oxigénio para até sete mil pessoas por hora, por cada unidade”. Através da tecnologia IoT integrada na City Tree é “disponibilizada informação exaustiva” sobre o “estado do equipamento” bem como “dados ambientais em redor do mesmo”. E os resultados encontram-se disponíveis em tempo real no site do grupo: “Está indicado o número de m3 de ar que foram filtrados desde a instalação das City Tree, bem como o índice diário”. Em Lisboa, no início de novembro, o “resultado acumulado era já de 1.800.000 m3”, realça.

[blockquote style=”2″]Agir em benefício de cidades e cidadãos[/blockquote]

Instalado em cinco cidades – Lisboa, Paris e Madrid em 2019, e Londres e Roterdão em 2020 – é objetivo do grupo expandir o “Programa de Monitorização da Qualidade do Ar” a 20 cidades europeias já em 2021. Já sobre Lisboa, a primeira cidade europeia que recebe as “City Tree”, Olivier Establet revela que o desejo é o mesmo: “A (nossa) intenção é alargar a mais cidades, após a análise desta experiência e respetivos resultados. É claramente um exemplo de como agir em benefício de cidades e cidadãos”.

O que levou à escolha da capital portuguesa para iniciar esta iniciativa teve que ver com o facto de, desde junho de 2019, o grupo conseguir “medir a cada entrega as partículas do ar mais finas e perigosas”, a partir dos sensores instalados na frota e em lojas Pickup da cidade de Lisboa, pelo que havia a necessidade de “auxiliar as zonas com maior circulação da cidade a melhorar a qualidade do ar”, diz. O “Programa de Monitorização da Qualidade do Ar” permitiu, segundo o responsável, “obter dados fundamentais” que conseguiram “determinar as áreas mais verdes” e os “pontos mais críticos da cidade de Lisboa”. Tendo em conta que a capital portuguesa é um dos polos com “mais circulação de pessoas e tráfego rodoviário a nível nacional”, considerou-se, de acordo com o responsável, que “fazia todo o sentido a instalação destas duas infraestruturas” capazes de “proporcionar melhor qualidade de ar para os cidadãos” e “um impacto positivo na vida das pessoas” que habitam nas cidades. Depois, acresce o facto de Lisboa ser a “Capital Verde Europeia em 2020” que, contribuiu ainda mais para a escolha do grupo, diz o responsável, destacando, igualmente, a “extraordinária colaboração” da equipa da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa. 

Olivier Establet refere, que, de momento, o projeto tem a duração de quatro meses, abrangendo apenas a cidade de Lisboa: “Estamos já a fazer a análise do projeto e o Grupo está em contacto com outras cidades europeias”. O objetivo é assim “contribuir de forma positiva” para “melhorar a vida das pessoas nas cidades”, cooperando de forma “ativa” para a “redução da sua pegada ambiental” e “indo ao encontro da nossa missão de descarbonização da cidade”, reforça o responsável. 

Outro dos projetos em curso e revelados pelo CEO é que, até 2022, a frota em Lisboa seja “zero emissions”. Com este projeto, “estamos a dar a conhecer start-ups que desta forma ganham visibilidade em todo o mundo”, adianta. No projecto de monitorização da qualidade do ar, foi a Pollutrack que instalou os sensores e monitoriza as informações: “Sabemos que abrimos novas oportunidades à Pollutrack com o piloto em Lisboa”, declara.

Outros projetos em marcha

Atualmente o grupo conta com mais de 1200 colaboradores dispersos pelo mercado português, 14 estações em todo o país e 700 lojas Pickup onde os consumidores de e-commerce podem recolher e devolver as suas encomendas. O CEO da DPD Portugal, destacou que um dos grandes objetivos do grupo passa, essencialmente, por “proporcionar a melhor experiência na distribuição de encomendas”, torná-la “mais simples, mais flexível e mais cómoda”. E porque o “desenvolvimento sustentável” é, atualmente, um fator crítico, um dos focos da empresa é, exatamente, “agir” com base em “políticas sustentáveis” e, ao mesmo tempo, “consciencializar” os clientes e parceiros para “escolhas mais ecológicas”, refere. Assim, a estratégia do Grupo assenta, desde logo, pela “redefinição dos limites da entrega”, e, ao mesmo tempo, “trazer inspiração, inovação e ação” a cada uma das iniciativas que desenvolvem, com o objetivo de “beneficiar todo o ecossistema”. O Driving Change é o programa de Responsabilidade Social e Corporativa do grupo que assenta em quatro prioridades: “reduzir e neutralizar a pegada de carbono”; “fornecer soluções de entrega urbana mais inteligentes e eficientes”; “criar inovações por dentro e por fora”; e “construir ligações significativas nas comunidades”. A DPD está assim “comprometida em melhorar de forma contínua” a “oferta e qualidade dos serviços”  e o seu “desempenho ambiental”. E, do ponto de vista do responsável, o pós-confinamento veio acelerar as “preocupações ambientais” e a “forma como tanto as pessoas como as empresas podem ajudar a preservar o nosso planeta”.

Para além dos projetos como o programa  de monitorização da qualidade do ar e as City Tree, Olivier Establet revela que o grupo está a desenvolver projetos de micro agências urbanas que “permitam entregas mais sustentáveis”, através de meios alternativos, pedonais ou cargo bikes: “Sabemos que temos um papel importante na melhoria das condições de vida dos cidadãos e, por isso, fazemos parte da equação para ajudar a “limpar” o ar da cidade de Lisboa, criando e fornecendo soluções sustentáveis”. 

Daqui para a frente, a DPD tem a grande ambição de se tornar num “parceiro-chave” para que “as cidades e os clientes em conjunto” façam do planeta um “lugar melhor”, até porque “todos partilhamos a mesma morada”, remata.