Economia Circular pode evitar 90% do desperdício resultante da demolição de edifícios na Europa

A Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto (APEB) reuniu esta quinta-feira, no Hotel Villa Batalha, na Batalha, 190 profissionais e parceiros de um setor com uma faturação superior a 280 milhões de euros e que emprega 1800 trabalhadores diretos. O foco da discussão entre as empresas de betão pronto e as entidades da construção, arquitetura e engenharia presentes na 4.ª edição do Dia do Betão esteve na importância da economia circular aplicada a este material.

Francesco Biasioli, da European Ready mixed Concrete Organization (ERMCO), salientou que o betão pode ser “totalmente reciclado e posteriormente utilizado como agregado em campos diversos da construção civil”. Biasioli deu como exemplo a utilização do betão enquanto material sustentável para armazenamento de energia térmica em edifícios “com custos que conseguem ser dez vezes inferiores aos de qualquer outra solução disponível”.

Para os profissionais do betão presentes no evento ficou claro que o reaproveitamento de materiais pode evitar 90% do desperdício resultante da demolição dos edifícios na Europa, como explicou o secretário-Geral da ERMCO.

João Pragosa, presidente da APEB, explicou que o setor do betão pronto tem vindo a recuperar da crise, com a sua faturação a crescer 24% no ano passado, para os 283,5 milhões de euros. “Assistimos a um crescimento do setor, mas ainda não para níveis pré-crise. Neste momento, o maior desafio para as empresas de betão pronto está relacionado com a flexibilização das regras de transporte”, referiu o presidente da APEB.

O Dia do Betão serviu ainda de palco a um debate sobre a inovação e a tecnologia aplicadas ao betão, na presença do secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, que salientou a importância do betão em obras a desenvolver em Portugal, como a construção do Aeroporto do Montijo ou a modernização do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.