#EconomiaCircular: FOURSOUL quer que todas as coleções tenham “olhar sustentável” nos materiais que utiliza

A Economia Circular está, hoje, subjacente em muitas empresas. Produtos sustentáveis, amigos do ambiente e com um ciclo de vida longo são, cada vez mais, uma opção. Há também quem ponha em prática estes conceitos e desenvolva os seus próprios produtos. Com o objetivo de dar “voz” a projetos de cariz sustentável, a Ambiente Magazine irá, todas as semanas, apresentar algumas iniciativas aos nossos leitores e dar a conhecer o que se faz em Portugal nesta área. Esta semana, partilhamos o “Foursoul”.

Surgiu em 2013 e é destinada ao público feminino. A “Foursoul”, fundada por Maria João Lascasas e Pedro Carvalho, é uma marca 100% portuguesa que aposta em materiais eco-friendly e que se conecta com o “street style” através da moda. Este ano, deu o primeiro passo no rumo à sustentabilidade, tendo lançado a primeira coleção com algodão 100% orgânico: Manifesto Orgânico Foursoul.

Ambientalmente, esta coleção veio para “trilhar um caminho mais consciente para o futuro”, onde se utiliza uma matéria-prima com menos impacto para o meio ambiente: “Pretendemos continuar a trabalhar a sustentabilidade e a aproximarmo-nos cada vez mais do streetwear e da versatilidade do feminino”, declaram.

Apesar de ser a primeira coleção orgânica que lançaram, o objetivo dos responsáveis passa por criar mais coleções que tenham um “olhar sustentável” em todos os materiais que utilizam: “Comprometemo-nos a ajudar o nosso planeta, com uma coleção moderna e responsável que se dirige a todas as mulheres que ambicionam ser elas mesmas agentes de mudança”. Com esta coleção, a Foursul quer também ser uma entidade com uma “postura de consciencialização” a vários níveis: “Desde a produção até ao material usado”, sublinham.

Relativamente ao balanço desta primeira coleção, Maria João Lascasas e Pedro Carvalho mostram-se muito satisfeitos: “Foi bastante impactante e muito bem recebida pelas mulheres de Foursoul”. Forte, impactante e versátil, é a “paleta de cores pastel” desta coleção, que espelha em pleno a “energia e essência” da marca, explicam, acrescentando que a “resistência” e a “durabilidade” das propostas da marca são também uma mais-valia para o meio-ambiente.

Fazendo um ponto de situação sobre Portugal e a forma como o país se tem dedicado aos temas da economia circular, os fundadores da Foursoul acreditam que o país tem potencialidade e uma visão futurista e inovadora sobre estas matérias: “Devemos ter a cada dia mais atitudes nesse sentido”. No entanto, Maria João Lascasas e Pedro Carvalho chamam a atenção para a inexistência de apoios, deixando presente a necessidade de existir “um maior incentivo para as marcas locais e pequenos e médios produtores”.

Quanto ao futuro o desejo é: “Termos cada vez mais produtos sustentáveis e uma preocupação das origens daquilo que vestimos”, rematam.