EDP investe em startup com tecnologia inovadora que captura carbono através do oceano

A EDP, através da EDP Ventures, é um dos novos investidores da startup Captura, que desenvolve uma tecnologia que aproveita o poder do oceano para absorver o dióxido de carbono da atmosfera. A empresa de origem norte-americana anunciou esta semana que concluiu uma nova ronda de financiamento de Série A no total de 21,5 milhões de dólares (perto de 20 milhões de euros) para comercializar a tecnologia Direct Ocean Capture (DOC).

Nesta nova ronda, além da EDP Ventures, entraram outros novos investidores como a Maersk e a Eni Next, que reforçam assim as competências da Captura nas áreas de energia e de transporte e logística. Muitos dos atuais financiadores da empresa reforçaram o seu investimento, incluindo a Future Planet Capital, que liderou a ronda alargada, a Equinor Ventures, a FreeFlow Ventures, a Hitachi Ventures, a Aramco Ventures, a mTerra Ventures e o EIC Rose Rock Venture Fund.

Depois de uma primeira ronda de financiamento, em janeiro de 2023, em que angariou um total de 12 milhões de dólares (cerca de 10 milhões de euros), a Captura decidiu aumentar o seu financiamento para suportar o desenvolvimento desta tecnologia inovadora e lançar a fase comercial do DOC. A startup tem atualmente duas instalações-piloto operacionais na Califórnia e está a desenvolver uma terceira. Estas instalações têm uma capacidade de captura de mil toneladas de CO2 por ano, prevendo-se a sua instalação na Noruega no outono deste ano. Após este projeto-piloto, a Captura planeia um alargamento da operação comercial, com as primeiras instalações a capturar dezenas de milhares de toneladas de CO2 ou mais por ano.

As instalações, depois de capturar o CO2 do oceano, podem armazená-lo permanentemente ou transformá-lo noutros produtos com menor emissão de GEE. A remoção de CO2 do oceano usando DOC amplifica a capacidade natural do mesmo de absorver carbono, criando capacidade para uma retirada adicional de CO2 da atmosfera. Com o CO2 cerca de 150 vezes mais concentrado volumetricamente no oceano em comparação com o ar, isto proporciona uma forma escalável e eficiente de remover o excesso de CO2 atmosférico.