EGF regista “desaceleração no crescimento” da recolha seletiva

A maior parte do país, aqui incluindo vários municípios da Grande Lisboa, é servida por vários sistemas que fazem parte da antiga Empresa Geral de Fomento, atual Environment Global Facilities (EGF), um grupo privado que já vinha verificando, no ano passado, aumentos dos valores da recolha seletiva. Em 2019, face a 2018, a taxa de reciclagem nas várias instalações da EGF, que servem 174 municípios, cresceu 13% acima do aumento médio nacional, que foi de 10%. Questionada pelo Público, a EGF dá conta de que o ano começou com um incremento dessa tendência. “A recolha seletiva apresentava um crescimento extraordinário de 19%, de forma acumulada, em fevereiro face ao período homólogo”, explicou o gabinete de comunicação da EGF. No entanto, assume, se considerarmos a comparação ao 1º trimestre do ano anterior, já se verifica “uma desaceleração no crescimento”.

“Os números do primeiro trimestre refletem apenas 15 dias do período do confinamento – todos sabemos o quanto esta pandemia está a afetar o comportamento das pessoas, mas não podemos tirar conclusões ainda, até porque há muitas fatores a considerar: a ausência de turismo; o fecho do comércio e serviços; as pessoas que estão em teletrabalho e que produzem mais resíduos em zona diferentes das habituais; entre outros fatores, indica a responsável.

A EGF também estava a detetar, nos primeiros meses do ano, um decréscimo da quantidade de lixo comum, que chegava aos “2%, de forma acumulada em fevereiro face ao período homólogo. Se considerarmos a comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, então a quantidade de lixo comum decresceu 4%”, adiantou ao Público o gabinete de comunicação da empresa.