Energia Solar: Governo deve “focar-se em responder a tempo sobre os projetos”

Os franceses da Akuo foram os grandes vencedores do primeiro leilão de energia solar em Portugal em 2019, ao serem a empresa que assegurou a construção de mais potência. Praticamente desconhecidos no país até ano passado, a empresa com sede nos Campos Elísios, em Paris, está presente em 15 países e já investiu mais de 2,2 mil milhões de euros na construção de projetos com um total de 1 gigawatt (GW) de potência, esperando ter em produção um total de 3,5 GW até 2022. Neste momento, está a desenvolver três centrais solares no Alentejo com 450 megawatts de potência. Em entrevista ao Jornal Económico, o diretor-geral da Akuo Portugal, João Macedo, faz um ponto de situação dos projetos em território nacional, avançando que a empresa está atenta ao novo leilão de energia solar que vai ter lugar durante o verão.

Relativamente ao andamento dos projetos em território nacional o responsável indica que “fizemos os estudos de impacte ambiental, já os entregámos e estamos à espera de resposta da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”, sendo que “o início da construção será em meados do próximo ano.” O timing para a conclusão dos parques solares é de 10 a 12 meses.

No entanto o responsável considera que: “Se o Governo quer enviar uma mensagem à indústria que este sector é prioritário e tem que avançar, deveria evitar alargar os prazos e focar-se em responder a tempo sobre os projetos, para estes poderem materializar-se o mais rapidamente possível”.

No que diz respeito ao novo leilão de energia no dia 8 de junho sai o caderno de encargos solar de 700 MW e a empresa indica que “vamos analisar o caderno de encargos e ver se vamos a jogo ou não.”