EPAL apresenta 10 projetos que prometem revolucionar a vida de Lisboa

Teve lugar na sexta-feira passada a sessão pública “EPAL, a Água que abraça Lisboa – A cidade, a comunidade, a sustentabilidade ambiental, o Planeta e o futuro”, que contou com a apresentação de 10 projetos que prometem revolucionar a vida em Lisboa.

A sessão contou com as presenças do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, que na sua intervenção começou por lembrar que a “cidade esperava há muito tempo pela resolução deste problema”, referindo-se ao espaço do Reservatório de Campo de Ourique, afirmando depois: “Queremos espaços com estas características, abertos à cidade, mas, mais do que isso, aberto à formação, ao conhecimento e ao mundo”.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, partilhou que o seu “sonho” é que este Reservatório seja “uma ilha de frescura, que não haja aqui nenhuma barreira, que as pessoas que por aqui passam, entrem, vivam o espaço”. “Estamos unidos na sustentabilidade, unidos na educação e formação e unidos na defesa de Lisboa. Fico verdadeiramente contente de ver aqui esta união”, afirmou.

O presidente da EPAL, José Manuel Sardinha, destacou os nove anos de atividade da Academia das Águas Livres da EPAL, que formou mais de 9.500 formandos, em 700 cursos, dados por mais de duas centenas de formadores e oradores. Também o presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique afirmou que este projeto vem “encurtar distâncias e devolver cidade aos moradores”, sublinhando: “Temos de aproveitar as oportunidades e alargar este exemplo a outras instituições públicas.”

A sessão de apresentação pública que decorreu na tarde de sexta-feira, revelou um total de 10 projetos que se encontram em curso e têm na sua génese a cidade, a comunidade, a sustentabilidade ambiental, o Planeta e o futuro.

Os projetos apresentados foram:

Projeto Bebedouros na cidade – A sua água em qualquer ponto da cidade

Depois de inaugurado o primeiro, a cidade prepara-se para receber novos bebedouros, mais modernos e inclusivos, que permitirão beber água da torneira onde quer que se encontre.

Já se encontram instalados 50, sendo que, no primeiro semestre de 2023, estará pronta a totalidade de 200 bebedouros.

O Projeto dos novos bebedouros contribui para uma cidade que se quer, cada vez, mais limpa e sustentável.

Projeto Aqueduto e Galerias subterrâneas – Os caminhos da água

Até ao início do ano que vem, todo o percurso monumental do Aqueduto das Águas Livres, poderá ser visitado.

Depois da tão famosa travessia do Vale de Alcântara, será possível fazer todo o troço do Aqueduto geral, até à emblemática Mãe d’Água das Amoreiras.

Quanto às galerias subterrâneas e seguindo o sucesso do Loreto, o objetivo final é tornar as restantes visitáveis, sendo que a do Rato é já a primeira.

Projeto Reabilitação Chafarizes – Património com água

É inegável a importância que os chafarizes tiveram na vida da população e na própria organização da cidade. Foi exatamente a necessidade do acesso à água que os fez surgir. E embora já não cumpram a função para a qual foram criados, continuam a ser importantes enquanto elementos da imagem da cidade e, naturalmente, elementos que continuam a contar uma parte da mais importante história de Lisboa. É por isso, da maior importância devolver-lhes a imponência que outrora tiveram, reabilitando-os.

Os primeiros já estão como novos (Chafariz do Rato, Chafariz de Benfica ou Garridas, Chafariz do Intendente ou Desterro) e muitos outros se seguirão.

Projeto reabilitação Lago Príncipe Real – A água faz o lago

O Jardim do Príncipe Real, foi concebido e organizado à volta de um grande lago octogonal com repuxo. É da maior importância devolver a água ao lago já que é ela que lhe confere a sua existência. Sem água não há lago.

Assim, a EPAL volta a encher de água e vida, um dos mais importantes jardins de Lisboa, com um projeto que prevê a reabilitação do lago. Como medida de poupança de água, funcionará em circuito fechado de água.

Projeto Reabilitação Reservatório Penha de França – Uma vista de 360º sobre Lisboa

O Reservatório da Penha de França vai ser reabilitado. O Reservatório da Penha de França construído entre 1929 e 1932 e desativado há várias dezenas de anos, vai ganhar uma nova vida, expondo-se renovado e pronto para receber a comunidade para uma visita.

Este será, sem dúvida, um dos locais que acreditamos integrem os vários circuitos turísticos, dado as suas características e as suas novas valências, nomeadamente, um espaço onde a arte, o convívio e a liberdade se juntam.

Projeto Aqueduto das Águas Livres – Regresso às origens

Completamente desativado desde 1973, no Aqueduto das Águas Livres deixou de correr água e nos anos 80 passou a receber pessoas. Foi aberto ao público para visitas, sendo hoje parte integrante do património histórico/cultural da EPAL.

Mas ela vai voltar a correr. Tal como ontem, a água vai passar pelo Aqueduto rumo a uma cidade mais sustentável, a um Planeta mais verde, a um futuro mais promissor.

Vai nascer o projeto onde o ambiente, a economia, a comunidade, o património e a cultura se juntam com o mesmo propósito.

Projeto Fotovoltaicos – 0% Energia

Começou com Castelo do Bode e Vale da Pedra a seguir o caminho da água de abastecimento com menor pegada carbónica, com a instalação de painéis fotovoltaicos.

O EPAL 0% Energia não tem parado de crescer com o objetivo de tornar a EPAL uma empresa 100% autossuficiente em energia, não só através desta importante medida mas de muitas outras que inspiraram o Grupo Águas de Portugal e todas as suas empresas a seguirem o mesmo rumo.

Já em fase de adjudicação estão os primeiros fotovoltaicos em recintos da EPAL, em Lisboa. O Parque das Nações será o primeiro, com a instalação de 650 kW em painéis na cobertura dos telheiros do parque de estacionamento. Mais tarde, serão ainda instalados mais 500kW.

Um dos Reservatórios de Telheiras será o passo seguinte. Uma primeira instalação de cerca de 500 kW, ficando preparado o caminho para uma segunda fase de mais 500 kW .

A União Europeia assume cada vez mais a redução do consumo de energia e a eliminação do desperdício energético como uma questão determinante para a sua política energética e a EPAL posiciona-se como uma das suas preconizadoras.

Projeto novo edifício Amoreiras – Requalificação e Valorização

Campo de Ourique é um dos bairros com mais identidade de Lisboa. E é exatamente aqui que vai nascer o Projeto Edifício das Amoreiras.

Uma solução arquitetónica desenvolvida no âmbito de um concurso público lançado pela EPAL em colaboração com a Ordem dos Arquitetos, para um novo edifício na Rua José Gomes Ferreira e que se encontra em fase de licenciamento.

Com as vertentes habitação/escritórios, o novo edifício das Amoreiras e suas valências serão um convite àquela zona da cidade e muito contribuirá para a requalificação e valorização da mesma.

Projeto Residências para estudantes

Atendendo à necessidade de intervenção no edifício do Páteo do Tronco, que apresenta um número significativo de patologias que impedem a sua utilização, seguiu-se uma lógica de não aumento da volumetria nem área de construção, mas considerando a reformulação integral do seu interior.

A proposta visa a criação de dois tipos de unidades de alojamento (20 unidades), localizadas nos pisos superiores, e ocupação do piso térreo, com ligação ao Páteo do Tronco, com as valências comuns deste tipo de infraestruturas (receção, zona de estar, cozinha, lavandaria, etc.).

O objetivo é que estas residências possam ser utilizadas por estudantes de outros pontos do País, nomeadamente filhos de Trabalhadores da EPAL/AdVT.

Projeto Nova Academia – Cultura da água

A Academia das Águas Livres foi criada pela EPAL e inaugurada em 4 de outubro de 2013. A funcionar até hoje no Recinto do Arco, a escola da EPAL cresceu muito nos últimos anos e, por isso, precisa de mais espaço e de uma nova casa. A EPAL apresenta agora a Nova Academia das Águas Livres.

Uma nova centralidade da cidade de Lisboa, o novo espaço da Academia será inclusivo e aberto à comunidade.

Para além dos espaços de formação, locais para eventos e de um esplêndido auditório com vista sobre Monsanto, terá ainda um restaurante e cafetaria com esplanada.

Um plateau para exposição temporária de obras de arte urbana com visibilidade quer do interior quer do exterior do recinto; estacionamento coberto; espaço para prática de desportos exteriores, com balneários no edifício principal e, ainda uma zona para pequenas feiras/exposições temporárias, valorizando temáticas ambientais e de sustentabilidade.

São estas algumas das ofertas que a Nova Academia terá para usufruto de todos quantos queiram aqui passar bons momentos.