Estudo conclui que Ambiente Marinho da Zona Costeira de Sines tem elevada qualidade ecológica

O Programa de Monitorização do Ambiente Marinho foi apresentado na manhã desta segunda-feira, informa a Águas de Santo André. De acordo com a empresa, o estudo decorreu entre 2018 e 2020 e incidiu na recolha de amostras de água e sedimentos no mar, para determinar o impacte tanto ao nível da qualidade da água, como da preservação dos ecossistemas. Segundo o relatório final, o “meio aquático onde é efetuada a descarga proveniente da ETAR de Ribeira dos Moinhos, via Emissário Submarino, na zona costeira de Sines, tem uma elevada qualidade e diversidade ecológica dos habitats em todos os locais amostrados”.

Esta monitorização concluiu que os resultados referentes aos contaminantes orgânicos (Fenóis, Óleos e Gorduras, Hidrocarbonetos), aos Sólidos suspensos, se encontram muito abaixo do valor limite de referência. No que respeita à avaliação de Microbiologia (Escherichia coli), o relatório indica que o valor máximo nas amostras foi de 1 UFC, também este muito abaixo do valor de referência para o nível de Qualidade Excelente das Águas Balneares (250 UFC).

O estudo conclui ainda que não existe qualquer toxicidade na água. Assim, nota a empresa, que não existe degradação da qualidade do meio aquático, o material sedimentar foi classificado como limpo, não houve perturbação das comunidades bentónicas, e não houve qualquer efeito adverso para as espécies estudadas provocado pelas descargas do Emissário Submarino.

O estudo foi apresentando ao público, no Auditório da AICEP, em Sines, e contou com a presença de Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Sines, de João Neves, administrador do Grupo Águas de Portugal, de Luís Faísca, presidente do Conselho de Administração da Águas de Santo André; e do professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, José Saldanha Matos.

Segundo o autarca de Sines, na intervenção inicial assumiu a relevância “da forte componente industrial e transporte marítimo de Sines” dando nota dos investimentos realizados nos últimos anos pela Águas de Santo André, em particular a modernização da ETAR da Ribeira dos Moinhos e a reparação do emissário submarino. “Este programa de monitorização que hoje se apresenta é mais uma demonstração da responsabilidade da empresa AdSA para com o meio onde opera e quero felicitá-la por esta iniciativa”.

Já Luís Faísca anunciou na sua intervenção os 30 milhões de euros que “serão investidos na modernização e resiliência das nossas infraestruturas, na economia circular e na eficiência energética. 30 Milhões de euros no reforço do investimento na região que irão traduzir-se num aumento da qualidade de vida das populações que servimos, bem como, na preservação da qualidade do ambiente marinho e no aumento da robustez da ZILS”. Destacou a Remodelação da ETAR de Ribeira dos Moinhos, com um valor previsto de 12 M€; a Construção da Nova Conduta Adutora de água industrial entre a ETA de Morgavel e o reservatório de Monte Chãos, num valor que ascende aos 10 M€; e, a Remodelação da ETA de Morgavel, com um valor estimado de 4 M€.

Encerrou o evento João Neves, que reiterou a “vontade do grupo em aumentar a resiliência do sistema de abastecimento de água à Indústria do complexo de Sines”.

A Águas de Santo André recorda que a ETAR de Ribeira dos Moinhos é a única ETAR predominantemente industrial do Grupo Águas de Portugal, servindo a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), incluindo lixiviados provenientes de aterros e água residual proveniente de fossas séticas.