Fase Bravo de combate a incêndios começa domingo com possibilidade de antecipar aviões

A fase Bravo de combate a incêndios florestais, a segunda mais crítica, começa no próximo domingo, existindo este ano a possibilidade de antecipar em 15 dias a operações dos aviões bombardeiros médios, em caso de necessidade. Para a fase Bravo, que se prolonga até 30 de junho, vão estar mobilizadas cerca de 1.500 equipas compostas por 6.570 operacionais e 1.551 viaturas, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para 2016.

No próximo mês e meio vão estar ainda operacionais 32 meios aéreos e 72 postos de vigia da responsabilidade da GNR. Os meios aéreos vão estar disponibilizados de forma faseada, estando operacionais, a partir de domingo, seis, que vão aumentando durante o mês de junho até atingirem os 32 a 20 de junho.

O DECIF deste ano apresenta como novidade a possibilidade de antecipar em 15 dias a operação dos aviões bombardeiros médios, podendo estas seis aeronaves integrar o dispositivo nos primeiros dias de junho caso seja necessário. Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, afirmou que este ano existe essa facilidade, caso seja necessário.

Jorge Gomes disse também que, no domingo, vão estar integrados no dispositivo três helicópteros Kamov, tendo já sido concluído o processo de manutenção num deles. Dos seis helicópteros Kamov do Estado, apenas três estão operacionais, encontrando-se um acidentado desde 2012 e outros dois em reparação. Os dois Kamov que estão a ser reparados não devem estar operacionais para a próxima época de incêndios, mas o Ministério da Administração Interna (MAI) afirma que a sua integração no DECIF será concretizada logo que a reparação esteja concluída.

Numa época de incêndios que começa a 15 de maio e termina a 15 de outubro, os meios de combate estarão na sua capacidade máxima entre 1 de julho e 30 de setembro, a chamada “fase Charlie”. A época mais crítica em incêndios florestais vai este ano contar com um total de 9.708 operacionais, 2.235 equipas, 2.043 viaturas e 47 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao de 2015.

Segundo o MAI, o DECIF vai ter este ano um orçamento superior a 70 milhões de euro