Formação reforçada após fogos mortais

O Ministério da Administração Interna (MAI) revelou ontem que a formação dos bombeiros foi reforçada de maneira a garantir melhores condições de segurança durante o combate aos incêndios, noticia o Jornal de Notícias.

A garantia foi feita depois de o JN ter revelado um relatório mantido em segredo durante três anos sobre as causas da morte de nove pessoas em seis incêndios ocorridos em 2013.

O estudo foi feito pelo Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra e apontou “lacunas” na formação dos bombeiros – que, em alguns dos casos revelaram “desconhecimento” sobre o comportamento dos fogos.

De acordo com o MAI, só este ano 7163 bombeiros participaram em mais de 300 ações de treino operacional. E várias formações já existentes foram reforçadas e outras criadas de raiz.

“Uma das áreas em que era reconhecido o défice de formação de bombeiros era o conhecimento e avaliação da situação em incêndios florestais”, admitiu o Governo. Para isso, foi criado na Escola Nacional de Bombeiros um curso de Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação em incêndios, frequentado desde o início por 80 bombeiros.

Outra das conclusões do relatório revelado pelo JN, prendia-se com a existência de “descoordenação” entre os meios aéreos e os meios de combate terrestres. Mas o MAI diz ter formado, ao longo deste ano, 64 chefias para “a coordenação e guiamento de aeronaves”. Foram ainda criados novos cursos, como o de Segurança e Comportamento de Incêndio.