Fundação Repsol assinou protocolo do projeto Motor Verde +Floresta para Portugal

A Fundação Repsol, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e a consultora ambiental espanhola Sylvestris, assinaram o protocolo do projeto Motor Verde +Floresta, que irá iniciar a reflorestação do território nacional, depois do mesmo projeto já ter avançado em Espanha.

A cerimónia teve lugar no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, nesta sexta-feira, 14 de abril, e contou ainda com a presença de outras figuras do Governo português, como o Primeiro Ministro, António Costa, e o Ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva. Além disso estiveram na cerimónia António Brufau, presidente da Repsol e António Calçada, diretor-geral Fundação Repsol.

O Motor Verde +Floresta é um “projeto com muita ambição”, pois está a falar-se de uma extensão de reflorestação para 100 mil hectares em Portugal, sendo que numa fase inicial o objetivo passa por chegar aos 10 mil hectares, num investimento de 43 milhões de euros.

Este projeto irá permitir a criação de 15 a 20 mil empregos, além de levar Portugal à criação de uma economia verde e local, e ao desenvolvimento da conectividade digital em zonas interiores (de mais difícil acesso) no país. A iniciativa da Fundação Repsol para o território português irá contribuir para a descentralização da economia e para que 60% a 70% do investimento feito na região fique na própria.

Portugal fica assim no caminho certo para o desenvolvimento do mercado de carbono voluntário, um mercado que tem previsão de um crescimento de 25% em 10 anos.

A reflorestação em território nacional terá um triplo impacto, afirma António Calçada: económico, social e ambiental, dando o exemplo do funcionamento do projeto em Espanha, que em números se traduz em 70 mil hectares, 60 milhões de árvores plantadas e um fundo de investimento de 100 milhões de euros.

A verdade é que cada vez mais existem “recursos financeiros com grande vontade de entrar nesta economia” verde, um aspeto fundamental para estas ações de reflorestação que poderão conduzir mais rapidamente à redução da pegada carbónica. Ademais, todas as empresas interessadas em caminhar neste sentido, são bem-vindas a juntar-se ao projeto e a acelerar a neutralidade carbónica.

Por: redação Ambiente Magazine

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