Fundação Yves Rocher já distinguiu 22 mulheres eco-cidadãs portuguesas

O Prémio Terre de Femmes já entrou em contagem decrescente. A iniciativa, promovida pela Fundação Yves Rocher e com presença em 11 países, tem como objetivo apoiar ações exemplares levadas a cabo por mulheres a favor do ambiente e que tenham um caráter educativo, social e de proteção e conservação da natureza e biodiversidade. Paula Cunha, representante da Fundação Yves Rocher em Portugal, contou à Ambiente Magazine a história deste prémio organizado no país há 10 anos.

“O primeiro apelo a candidaturas foi lançado em 2008 e a primeira laureada conhecida no início de 2009”, explica a responsável. Na altura, toda a equipa sentiu que era “fundamental lançar o desafio localmente, conhecer e promover a ação das mulheres portuguesas em torno da causa ecológica”, conta Paula.

Nestes últimos 10 anos, o Prémio Terre de Femmes já reconheceu 22 mulheres, oriundas de todos os pontos do país com mais de 100.000€ em donativos diretos.

Paula Cunha

“Todos os projetos são muito diferentes, mas têm todos algo em comum: deixam-nos, inevitavelmente, mais atentos e sensíveis à causa ambiental nas suas várias frentes”, explica a responsável. Desde mulheres que fazem da sua vida a reflorestação do território com árvores autóctones àquelas que retiram lixo das praias, fazem roupa com desperdícios ou transformam garrafas de água em lâmpadas solares, são vários os exemplos de histórias “mais marcantes que recebemos”, refere.

Ser mulher, ter idade igual ou superior a 18 anos e possuir um projeto eco-empreendedor já implementado, seja de forma independente, através de uma estrutura sem fins lucrativos, ou via entidades com objeto comercial, são os requisitos para a inscrição no Prémio Terre de Femmes.

A responsável adianta ainda que alguns dos possíveis temas a concurso podem ser a “sensibilização para a preservação do ambiente, promoção de um estilo de vida sustentável, combate ao desperdício alimentar e proteção da biodiversidade”.

Nesta 10.ª edição do Prémio, Paula Cunha afirma que o alcance do prémio vai ser reforçado. Em vez de uma, passam agora a ser três as distinções e, em vez de 10 mil euros, o donativo passa a ser de 18 mil euros: 10 mil para a primeira classificada, cinco mil para o segundo lugar, e três mil para a terceira mulher a ser distinguida. “A grande vencedora nacional, ou seja, o primeiro lugar, concorrerá posteriormente ao Prémio Internacional das Vencedoras Terre de Femmes nos vários países, candidatando-se a um prémio adicional no montante de 10 mil euros”.

Assinalar estes 10 anos do Prémio Terre de Femmes em Portugal significa “dar mais oportunidades às mulheres eco-cidadãs portuguesas de emergirem” e “apoiar mais projetos, dando mais visibilidade a uma causa que deve ser de todos: a preservação do ambiente”, conclui.

Todos os projetos a concurso devem ser submetidos para a morada da Yves Rocher Portugal (Rua do Castanhal, n.º 256, 4475-130 Gemunde – Maia) ou através do endereço de correio eletrónico terredefemmes.portugal@yrnet.com até ao próximo dia 08 de outubro.