Gaia vai substituir luminárias públicas de cinco mil ruas por iluminações com tecnologia LED

Depois de algumas ações pontuais, a Câmara Municipal de Gaia vai levar a cabo uma operação de substituição de todas as luminárias no concelho por iluminações com tecnologia LED de última geração, permitindo uma maior eficiência luminosa e um consumo energético consideravelmente inferior. O arranque dos trabalhos decorrerá esta sexta-feira,, 23 de julho, pelas 14h30, no Jardim da Mouta, em Perosinho, lê-se numa nota divulgada pelo município.

Com este compromisso que agora se inicia, o município garante, não apenas a redução direta e imediata do valor a pagar, como assegura ainda um contributo considerável no sentido da diminuição do impacto ambiental, de modo a dar mais um passo para salvaguardar o futuro das próximas gerações. Em termos concretos, “estima-se que a redução do consumo de energia em iluminação pública seja de aproximadamente 78%, passando para cerca de 5.900.000,00 KW, com um valor inferior a um milhão de euros anuais”, precisa a mesma nota.

A iluminação pública em Vila Nova de Gaia é um esforço que é levado a cabo pela Câmara Municipal para garantir os níveis de luminosidade necessários e suficientes nos vários arruamentos, praças, jardins e espaços públicos em geral, de forma a contribuir para a segurança e bem-estar de todos.

Sendo um serviço que é prestado com recurso ao consumo de energia elétrica e cuja fatura é paga diretamente pelo município, o valor correspondente está diretamente relacionado com o tamanho das áreas geográficas e das suas várias componentes. No caso de Vila Nova de Gaia, tratando-se do terceiro maior concelho em Portugal, com grandes áreas rurais, mas também com áreas urbanas e vias estruturantes, apenas o facto de existirem cerca de cinco mil arruamentos já permite antecipar o peso que a iluminação pública tem no orçamento anual da Câmara Municipal. Atualmente, segundo o município, o consumo de energia com iluminação pública é de cerca de “27.000.000,00 KW”, com um valor próximo dos “quatro milhões de euros anuais”.

Estes valores são, segundo a autarquia, um motivo de reflexão pelo impacto ambiental direto. “As lâmpadas usadas, baseadas em tecnologias pouco eficientes e obsoletas, são na sua maioria construídas com recurso a materiais tóxicos, como o vapor de sódio ou os iodetos metálicos, necessários à garantia de uma operação contínua e prolongada no tempo”. Além disso, “a dissipação do calor nestas lâmpadas torna-as ainda menos eficientes do ponto de vista energético já que necessitam de ainda mais energia para colmatar esse défice, inerente à própria tecnologia”, refere o município.