Galp investe quase cinco milhões de euros em tecnologia inovadora de hidrogénio verde

A Galp decidiu aplicar 4.56 milhões de euros na Verdagy, depois desta última ter recebido uma ronda de financiamento através da qual levantou cerca de 73 milhões de euros junto de investidores – que será usado na aceleração do lançamento e comercialização do seu módulo eletrolisador eDynamic® 20 MW.

A Verdagy pretende focar em clientes de indústrias intensivas em energia, como o Oil & Gas, o amoníaco, aço e combustíveis sintéticos, promovendo assim a descarbonização da indústria. A participação da Galp nesta ronda de financiamento surge no contexto dos fortes investimentos que a empresa está a fazer nas energias renováveis e na área do hidrogénio verde.

“Acreditamos que a tecnologia de eletrólise desenvolvida pela Verdagy tem potencial para se tornar líder nos próximos anos e para ajudar a Galp a concretizar os seus objetivos na produção de hidrogénio verde. Esta parceria reforça o nosso compromisso com as áreas de negócio de baixo carbono, contribuindo para a redução de emissões não apenas das nossas atividades, mas também das dos nossos clientes,” afirma Georgios Papadimitriou, administrador executivo da Galp responsável pelas Renováveis, Novos Negócios e Inovação.

Esta é o segundo investimento direto da Galp numa lógica de venture capital, depois da aplicação de quase cinco milhões de euros na 6K, sedeada em Boston, que desenvolveu uma tecnologia de ponta para o fabrico de materiais sustentáveis e de baixo custo para o fabrico de baterias de iões de lítio.

A estratégia da Galp para o hidrogénio verde prevê, numa primeira fase, substituir as mais de 70 ktpa de hidrogénio consumidas na refinaria de Sines, que são extraídas de moléculas de gás natural, por hidrogénio produzido através de eletrólise alimentada por eletricidade renovável.

Em paralelo, a energética está também a estudar a produção de e-fuels, metanol e amoníaco, que podem ser sintetizados utilizando hidrogénio verde, proporcionando combustíveis alternativos de baixo carbono, e está a avaliar a utilização do hidrogénio como combustível para a mobilidade.