GEOTA distingue Ministério da Agricultura no pior e ProTejo no melhor dos prémios Guarda-Rios 2021

Estão encontrados os vencedores da segunda edição dos prémios Guarda-Rios, promovidos pelo Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), que premeiam as entidades mais e menos amigas dos rios portugueses. Distinguidos pelo GEOTA, destacam-se o Ministério do Ambiente pelas más práticas e o Movimento ProTejo pelas boas práticas. Segundo as votações do público, que terminaram no passado dia 9 de agosto e onde foram contabilizados um recorde de 3316 votos, destaca-se ainda o Projeto da Lousada Guarda Rios por boas práticas e os Beneficiários do Mira pelas más práticas.

“O aumento da participação do público comparativamente à edição anterior demonstra uma consciência ambiental crescente por parte da população portuguesa, que entende a urgência de proteger os rios portugueses e a sua biodiversidade”, afirma Catarina Miranda, coordenadora do Projeto Rios Livres, do GEOTA.

O prémio Guarda-Rios boas-práticas premeia comportamentos que demonstram preocupações ecológicas na gestão dos rios e o envolvimento das comunidades numa perspetiva de sustentabilidade futura, enquanto o prémio Guarda-Rios de luto evidencia práticas danosas aos rios que urge serem alteradas. Foram eleitos pelo público os vencedores do Prémio Guarda-Rios (Boas Práticas) e o Prémio Guarda-Rios de Luto (Más Práticas), havendo uma Menção Honrosa e uma Menção Desonrosa para os segundos mais votados. Em paralelo, o GEOTA também indicou premiados para as boas e para as más práticas.

Entre os premiados pelo público, o Projeto Lousada conquistou o primeiro lugar para as Boas Práticas, com 39,2% dos votos do público, seguido pela Menção Honrosa ao Projeto Peixes Nativos. Os outros nomeados foram o Movimento Viver o Ave, a Câmara Municipal de Loures e a EcoSalix. Já o prémio Guarda-Rios de Luto (Más Práticas) foi atribuído à Associação de Beneficiários do Mira com 28,8% dos votos do público, seguido da Menção Desonrosa à Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Os restantes nomeados para as más práticas foram o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, a Fabrióleo e a Câmara Municipal de Coimbra.

“Pelo seu trabalho e ações na proteção da bacia hidrográfica do Tejo, nomeadamente as iniciativas no âmbito do combate à poluição, da promoção de caudais ecológicos contínuos e de uma melhor cooperação entre Portugal e Espanha na gestão transfronteiriça, o GEOTA reconheceu o Movimento ProTejo com o prémio de Boas Práticas. Ao mesmo tempo, atribuiu o prémio de Más Práticas ao Ministério da Agricultura, como chamada de atenção para as consequências ambientais das suas políticas de promoção da expansão da agricultura intensiva e do regadio através de projetos de construção de novas barragens, como é o caso da barragem do Pisão, que causam a destruição dos ecossistemas ribeirinhos, impactando a biodiversidade e a qualidade da água”, acrescenta Catarina Miranda.

A Gala Guarda-Rios, que contará com um jantar de beneficência, vai realizar-se no Dia Nacional da Água, a 1 de outubro, onde serão entregues os prémios e um certificado a todos os nomeados. As inscrições já estão abertas e todos os detalhes da programação da gala, assim como as reservas de lugares, estão disponíveis aqui.