Governo vai contratar 100 equipas de sapadores e 50 vigilantes da natureza

O ministro do Ambiente anunciou este sábado um investimento de cerca de 20 milhões de euros no domínio da resiliência do território, nomeadamente a contratação de 100 equipas de sapadores, 50 vigilantes da natureza e um projeto de voluntariado jovem. No âmbito da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, destinada a aprovar medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais, bem como reparação dos prejuízos, João Matos Fernandes disse que foram tomadas quatro decisões no domínio da resiliência do território nacional.

Uma das quatro medidas anunciadas foi a replicação do projeto-piloto da Peneda-Gerês, em que a área ardida foi 60% inferior ao ano passado, a outros parques florestais nacionais, avançou o ministro do Ambiente, citado pela agência Lusa.

O Governo vai ainda avançar com “um vasto projeto de aquisição de equipamentos e contratação de sapadores”, em que vão ser contratados nos próximos dois anos 100 novas equipas de sapadores, o que corresponde a 500 pessoas, revelou o governante, indicando que atualmente existem 292 equipas de sapadores.

A prevenção e o combate aos incêndios florestais vão ser reforçados com mais 50 vigilantes da natureza, dos quais 20 entram já ao trabalho no próximo dia 4 de novembro.

No âmbito da prevenção estrutural das matas nacionais, o Governo vai alocar três milhões de euros para a rede primária de defesa contra incêndios, investimento que poderá ser “multiplicado” através de uma candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Além destas medidas, vai ser implementado “um projeto de voluntariado jovem para natureza e para as florestas”, prevendo envolver no próximo ano 10 mil jovens, entre os 18 e os 30 anos, na sensibilização da comunidade para as questões da proteção da natureza, anunciou o tutelar da pasta do Ambiente.

De acordo com João Matos Fernandes, o investimento total que será realizado neste âmbito será de “aproximadamente 20 milhões de euros”.