Greenfest desafia… João Lé

O Greenfest decorreu nos dias 29, 30 de setembro e 1 de outubro em Braga. A Ambiente Magazine juntou-se a ao maior festival de sustentabilidade, desafiando vários players a falarem sobre a importância deste tipo de encontros e como tem evoluído ao longo do anos. Falamos com João Lé, Administrador Executivo da The Navigator Company, que esteve presente no festival.

 

  • Qual é a importância do Greenfest – Evento de Sustentabilidade para a promoção da consciência ambiental, social e económica/governance?

O Greenfest destaca-se como um evento agregador de pessoas. Desde há vários anos que se tem afirmado como exemplo de dinamização da consciência ambiental/social/económica dos consumidores para a necessidade de alterar hábitos e atitudes que deem resposta aos desafios com os quais a humanidade se vê confrontada, induzindo um sentimento de ação urgente em temas como as alterações climáticas ou a dependência de matérias-primas fósseis.

Para que as gerações futuras sejam capazes de viver bem, dentro dos limites do planeta, necessitamos de uma visão transformadora e de promover a justiça intergeracional. Esta é uma iniciativa que vai ao encontro desse objetivo, através de atividades em diferentes áreas, aproximando os participantes das inovações e boas práticas nacionais em torno da sustentabilidade e da preservação do ambiente.

  • Quais as expectativas esperadas para esta edição do Greenfest Braga?

Enquanto empresa de base florestal, que gere cerca de 106 mil hectares da floresta portuguesa, de forma profissional e sustentável, em mais de 160 concelhos de Portugal Continental, a The Navigator Company conhece bem a importância deste cuidado diário e continuado da floresta, através da gestão ativa de todos os seus recursos e potencialidades – um trabalho que permite gerar valor ambiental, social e económico. Por isso, é com agrado que assistimos a uma diversificação geográfica e cultural deste evento com uma larga tradição na promoção da sustentabilidade. Esta aposta permite envolver novos públicos (empresas e famílias) e interesses (ex. iniciativas, marcas, parceiros, convidados ou atividades). O Mosteiro de Tibães e a sua envolvente são espaços de eleição para potenciar a experiência e o envolvimento das pessoas em torno de temas essenciais ao seu futuro e do planeta.

  • Como a vossa empresa/instituição está envolvida ou contribui para o sucesso do Greenfest?

Vivemos um quadro mundial que nos desafia, enquanto sociedade, a encontrar formas de mobilização urgente para metas que são de todos nós, construindo modelos de desenvolvimento mais sustentáveis. Consciente deste desafio, a nossa participação integra-se no âmbito das iniciativas que temos vindo a desenvolver em prol do conhecimento da floresta, nomeadamente de eucalipto, com a missão de contribuir para a literacia sobre temas ligados à floresta. Não podemos compreender aquilo que não conhecemos – e é deste desconhecimento que muitas vezes nascem muitos mitos e mal-entendidos sobre o eucalipto, por exemplo – pelo que é fundamental promover a partilha de conhecimento entre a população em geral e os especialistas do setor. Só em conjunto conseguiremos converter todo o potencial ambiental, social e económico da nossa floresta, cuidando e criando oportunidades para construir um futuro mais sustentável para as novas gerações.

Com efeito, vamos marcar presença com três atividades dinamizadas através do “Dá a Mão à Floresta”, projeto de Responsabilidade Social e Ambiental da The Navigator Company, com carácter lúdico-pedagógico, dedicado a crianças dos 4 aos 10 anos. Este projeto, lançado pela primeira vez no Ano Internacional da Floresta, que se celebrou em 2011, tem vindo a crescer de ano para ano, contribuindo para a educação ambiental de cada vez mais crianças e colocando-as em contacto com o maravilhoso mundo da floresta. Assim, no dia 29 de setembro, no Mosteiro de Tibães vai nascer a “árvore das diversões”, composta por folhas em papel com diferentes atividades, num espaço onde os mais novos poderão dar largas à imaginação, divertirem-se com a atividade “Nutre a floresta” – que pretende mostrar a importância da terra, da água e do sol no desenvolvimento das plantas -, ou, simplesmente, cheirar e sentir folhas de diferentes plantas da floresta portuguesa através da nossa iniciativa “caixas de cheiros da floresta”.

  • O que é para si sustentabilidade?

A forma como a Navigator encara a sustentabilidade está bem presente no nosso propósito corporativo: “São as pessoas, a sua qualidade de vida e o futuro do planeta que nos inspiram e nos movem”.

De salientar que o tema da sustentabilidade não é novo para a Empresa. Há décadas que o nosso negócio se baseia nos fundamentos da sustentabilidade. Nessa medida, a produção de papel é o resultado da laboração de uma indústria sustentável e transparente. Da floresta ao papel, o processo de produção do papel é controlado desde o seu início – a floresta. É a partir deste ciclo sustentável de valorização da floresta nacional que a Navigator é hoje a maior geradora de valor acrescentado nacional, contribuindo para um futuro inclusivo e de continuidade ao oferecer soluções e produtos sustentáveis, naturais, recicláveis e biodegradáveis, substitutos de outros de origem fóssil.

Em linha com o propósito corporativo, a empresa construiu também a sua Agenda 2030, um documento que expressa a ambição de gerar um impacto positivo nas pessoas e no planeta ao desenvolver um negócio responsável pela Sociedade, pelo Clima e Natureza. Para alcançar este objetivo, a Companhia tem vindo a identificar e a minimizar os principais impactos da sua atividade florestal e industrial, valorizando a floresta portuguesa e, ao mesmo tempo, reforçando o seu contributo para um modelo de economia de baixo carbono. Neste contexto, é de destacar o papel crucial das florestas plantadas para enfrentar os desafios globais nos três eixos da sustentabilidade: a proteção ambiental, a equidade social e a viabilidade económica.